6 de jun. de 2017

CREMAÇÃO NA VISÃO ESPÍRITA



O medo de ser enterrado vivo induz muita gente a desejar ser cremado. Queima-se o cadáver evitando o problema. Mas há uma dúvida que inspira a pergunta mais freqüente:
- Se no ato crematório o Espírito ainda estiver preso ao corpo, o que acontecerá?
Tudo aquilo que doamos temos, é da lei. Tudo que temos, devemos.
O corpo é uma veste e um instrumento muito valioso e útil para o espírito, enquanto encarnado. Depois de morto, nenhuma utilidade mais tem para o espírito que o animou. Poderá vir a ser cremado sem que nada disso traga qualquer prejuízo real para o espírito desencarnado.
Pensam alguns que se o seu corpo for queimado ou lesado haverá prejuízo para o seu ressurgimento no mundo espiritual. Entretanto, não é o corpo material que continua a viver além-túmulo nem é ele que irá ressurgir, reaparecer, mas sim o espírito com o seu corpo fluídico (perispírito), que nada tem a ver com o corpo que ficou na Terra.
É necessário observar que, se o Espírito estiver ligado ao corpo não sofrerá dores, porque o cadáver não transmite sensações ao Espírito, mas obviamente experimentará impressões extremamente desagradáveis, além do trauma decorrente de um desligamento violento e extemporâneo. Mas pense bem, enterrar o corpo é também algo horrível se o espírito permanecer preso a ele; a autópsia; a putrefação do corpo, os vermes devorando a carne putrefata, é também angustiante para o espírito. Entretanto devemos lembrar que o perispírito está em outra faixa vibratória, e que em circunstâncias normais não deve ser afetado, quer pela decomposição, quer pela cremação.
Entretanto, acreditamos que um espírito cujo corpo vai ser cremado, é desligado, talvez de forma violenta, mas não será queimado, mesmo que fique preso.
Sofrem mais os espíritos muito apegados à matéria, os sensuais, os que se agarram aos prazeres da vida. Mas respondendo objetivamente, acreditamos que não são sensações físicas, e sim emocionais, morais.
Para que o Espírito não se encontre ligado ao corpo físico, é recomendável um intervalo razoável após a morte (Emmanuel diz 72 horas), a fim de se ter maior segurança de que o desligamento perispiritual já tenha completado.
Nos fornos crematórios de São Paulo espera-se o prazo legal de vinte e quatro horas. Não obstante, o regulamento permite que o cadáver permaneça em câmara frigorífica pelo tempo que a família desejar. Espíritas costumam pedir três dias. Há quem peça sete dias.
Importante reconhecer, todavia, que muito mais importante que semelhantes cuidados seria cultivarmos uma existência equilibrada, marcada pelo esforço da auto-renovação e da prática do Bem, a fim de que, em qualquer circunstância de nossa morte, libertemo-nos prontamente, sem traumas, sem preocupação com o destino de nosso corpo.


Compilação de Rudymara

4 de jun. de 2017

AUTISMO NA VISÃO ESPÍRITA




Conta Carlos Baccelli:
Um casal aproximou-se ao Chico, o pai sustentando uma criança de ano e meio nos braços, acompanhando por distinto medico espírita de Uberaba.
A mãe permaneceu a meia distância, em mutismo total, embora com alguma aflição no semblante.
O médico, adiantando-se, explicou o caso ao Chico: a criança, desde que nasceu, sofre sucessivas convulsões, tendo que ficar sob o controle de medicamento, permanecendo dormindo a maior parte do tempo, em consequência, mal consegue engatinhar e não fala.
Após dialogarem durante alguns minutos. O Chico perguntou ao nosso confrade a que diagnostico havia chegado.
- Para mim, trata-se de um caso de autismo – respondeu ele.
O Chico disse que o diagnostico lhe parecia bastante acertado, mas que convinha diminuir o anticonvulsivos mesmo que tal medida, a principio, intensificasse os ataques. Explicou, detalhadamente, as contra indicações do medicamento no organismo infantil. Recomendou passes.
- Vamos orar- concluiu.
O casal saiu visivelmente mais confortado, mas, segurando o braço do médico nosso confrade. Chico Explicou a todos que estavamos ali mais próximos:
- “o autismo”, é um caso muito sério, podendo ser considerado uma verdadeira calamidade. Tanto envolve crianças quanto adultos... Os médiuns também , por vezes, principalmente os solteiros sofrem desse mal, pois que vivem sintonizados com o mundo espiritual, desinteressando-se da Terra. É preciso que alguma coisa nos prenda no mundo, porque, senão, perdemos a vontade de permanecer no corpo...”.
E Chico exemplificou com ele mesmo:
-Vejam bem: o que é que me interessa na Terra? A não ser a tarefa mediúnica, nada mais. Dinheiro, eu só quero o necessário para sobreviver casa, eu não tenho o que fazer com mais de uma... Então, eu procuro me interessar pelos meus gatos e meus cachorros. Quando um adoece ou morre, eu choro muito, porque se eu não me ligar em alguma coisa eu deixo vocês...
Ele ainda considerou que, muitos casos de suicídios têm as suas raízes no “autismo”, porque a pessoa vai perdendo o interesse pela vida. Inconscientemente deseja retornar à Pátria Espiritual, e para se libertar do corpo, que considera uma verdadeira prisão, força as portas de saída...
E o Chico falou ao médico:
- È preciso que os pais dessa criança conversem muito com ela, principalmente a mãe. È necessário chamar o espírito para o corpo. Se não agirmos assim, muitos espíritos não permanecerão na carne, porque a reencarnação para eles é muito dolorosa.
Evidentemente que não conseguimos registrar tudo, mas a essência do assunto é o que está exposto aqui.
E ficamos a meditar na complexidade dos problemas humanos e na sabedoria de Chico Xavier.
Quando ele falava de si, ilustrando a questão do “autismo”, sentimo-lo como um pássaro de luz encarcerado numa gaiola de ferro, renunciando à paz da grande floresta para entoar canções de imortalidade aos que caíram, invigilantes, no visgo do orgulho ou no alçapão da perturbação.
Nesta noite, sem dúvida, compreendemos melhor Chico Xavier e o admiramos ainda mais.
De fato, pensando bem, o que é que pode interessar na Terra, a não ser o trabalho missionário em nome do Senhor, ao Espírito que já não pertence mais à sua faixa evolutiva?
O espírito daquela criança sacudia o corpo que convulsionava, na ânsia de libertar-se...
Sem dúvida, era preciso convencer o Espírito a ficar. Tentar dizer-lhe que a Terra não é cruel assim... Que precisamos trabalhar pela melhoria do homem.

OBSERVAÇÃO DE DIVALDO FRANCO: Precisamos considerar que “somos herdeiros dos próprios atos”. Em cada encarnação adicionamos conquistas ou prejuízos a nossa contabilidade evolutiva e, em determinados momentos, ao contrairmos débitos mais sérios, reencarnamos para ressarci-los sob a injunção dolorosa de fenômenos expiatórios, tais os estados esquizóides e suas manifestações várias. Dentre eles, um dos mais cruéis é o AUTISMO. No fenômeno do autismo estamos diante de um ex-suicida a qual, desejando fugir à responsabilidade dos delitos cometidos, envereda pela porta falsa da autodestruição. Posteriormente, reencarna com o drama na consciência por não ter conseguido libertar-se deles. São, também, os criminosos não justiçados pelas leis humanas ou Espíritos que dissimularam muito bem suas tragédias. Assim, retornam à Terra escondendo-se da consciência nas várias patologias dos fenômenos esquizofrênicos. Os pais devem esperar a criança dormir e conversar com ela. Pois a conversa é captada pelo inconsciente (Espírito). Fale devagar, pausadamente: Estamos contentes por você estar entre nós; Você tem muito que fazer na Terra; você vai ser feliz nesta vida; Nós te amamos muito; etc.

Compilação de Rudymara

2 de jun. de 2017

A AIDS É CASTIGO DE DEUS?



A Aids não veio para moralizar, como dizem muitos. Ela é resultado da promiscuidade e da negligência, é a colheita, da má sementeira. Ela não tem caráter moral, não é punição divina, como dizem alguns. Nós é que a criamos. É como correr na contra mão à 200km/h no meio da rua. Quando somos acidentados, dizemos que Deus nos castigou. A sífilis aí está com uma incidência terrível. O herpes genital é tão cruel ou pior do que a Aids, e vem se manifestando de forma acelerada. Precisamos compreender que todos nos encontramos na Terra em processo de lapidação. Buscamos a plenitude espiritual, através das ininterruptas jornadas do ir-e-vir, do nascer, morrer e renascer, adquirindo experiências numa área, enquanto, não raro, noutra nos comprometemos. É a dor, ainda, o instrumento que mais nos adverte e que melhor nos lapida as arestas morais, quando deveriam ser o amor e a abnegação a sublimar-nos os sentimentos. Graças a isso, periodicamente a humanidade é visitada por enfermidades ásperas e aparentemente indecifráveis, como foi o caso, no passado, da lepra ou Mal de Hansen, da varíola, da peste bubônica, das enfermidades endêmicas como: tuberculose, câncer, doenças do aparelho respiratório, das alienações mentais e, mais recentemente, da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
A Aids é uma manifestação degenerativa do organismo, que tem a sua causa matriz num vírus, hoje identificado, e que apresenta polivalência, já que ele tem a propriedade de sofrer mutações. Em determinado momento, ele modifica a estrutura e passa a ter outras reações, o que vem impedindo a ciência de lograr uma vacina preventiva ou uma terapia de resultados positivos. A Aids é, portanto, um desses recursos de que a Vida se utiliza, para que aqueles que estão incursos nos desequilíbrios morais possam libertar-se dos mesmos.
Só se tornam aidéticos: os que se entregam à promiscuidade sexual, a atos contrários à anatomia estabelecida pela natureza; os hemofílicos e aqueles obrigados a receberem transfusões sanguíneas; os usuários de drogas injetáveis; os nascidos de mães contaminadas. Se tomarmos cuidado na atividade sexual, fazendo uso correto de preservativos descartáveis, estaremos resguardados da Aids na área do sexo. Quanto à transfusão de sangue, este deve ser previamente examinado, para determinar se procede ou não de doador contaminado. No caso da aplicação de drogas, as agulhas e seringas devem ser descartáveis. Em relação aos hemofílicos, que são obrigados a receber transfusões de sangue, o problema tem as suas raízes em vida anterior. Nas crianças que nascem infectadas, a problemática também remonta às encarnações passadas, graças às quais o ser retorna à luta terrestre para expungir, através de um fenômeno degenerativo, os delitos praticados, como o suicídio, a promiscuidade do sexo, o desrespeito à vida, que criam no organismo matrizes receptivas para que o vírus se desenvolva com rapidez. Lembremos que a criança é um espírito velho em corpo novo. Sofrer sem dever seria injustiça de Deus.
A ciência também detectou que um grande número de infectados não tem facilidade de multiplicar o vírus, embora possa tornar-se contaminador, podendo conviver com ele por muitos anos, sem sofrer, na saúde, qualquer dano, ou seja, a pessoa transmite o vírus, mas não sofre com os sintomas da doença. Os grupos de risco estão estabelecidos predominantemente na área do exercício da promiscuidade a que cada um se coloca. São os chamados homossexuais, mas também, os heterossexuais. O vírus chamado HIV, quando se instala, ataca o linfócito, célula do sangue, comprometendo as defesas orgânicas, assim gerando um estado de desequilíbrio, em que qualquer enfermidade nos pode destruir a vida. É como se nós tivéssemos dentro de nós soldadinhos que nos ajudam a combater as doenças que possam nos atacar. Quando adquirimos o vírus HIV, ele mata nossos soldadinhos, e nós ficamos sem defesa orgânica. Os que desencarnam com a AIDS, sofrem do mesmo modo que os desencarnados por gripe, por infarto ou por câncer. Por isso, não devemos ter nenhum preconceito contra a Aids, nenhuma atitude negativa contra o aidético, nenhuma segregação contra as pessoas pertencentes aos grupos de risco. São irmãos necessitados de carinho, assistência e compaixão. O aidético, sim, deve ter medo de nós e não, nós, dele, porque nós o contaminamos com doenças para as quais ele não tem resistências orgânicas. O aidético é que deveria usar máscara, luva, etc., pois uma simples gripe pode matá-lo.


Compilação de Rudymara