25 de fev. de 2014

O pensamento


Filósofos do passado e do presente, na sua grande maioria, assim como fisiologistas, anatomopatologistas de ontem e neurocientistas de hoje, informam que o pensamento é somente uma emanação cerebral que se consome com a desagregação neuronial.

Infelizmente ainda confundem a máquina em relação ao seu utilizador.

Como é compreensível, a desorganização dos equipamentos impede a correta produção de que o instrumento é capaz de oferecer, o que, no caso em pauta, implica na ausência do ser espiritual que é o agente da vida.

Sem qualquer dúvida o pensamento se exterioriza através dos veículos da mente que é atributo do Espírito.

As notáveis experiências dedicadas ao estudo da ação do pensamento além da emissão da onda inteligente, demonstraram a produção de movimentos na matéria bruta ou sensível, como nos casos da psicocinesia ou transportes sem contato humano, tanto quanto nos formidandos fenômenos de telepatia, de precognição e de retrocognição...

O pensamento é portador de uma carga de energia que o qualifica, simultaneamente, como positivo e negativo, interferindo nos relacionamentos humanos conforme as faixas vibratórias em que se expandem.

Aqueles que são de natureza doentia, pessimista, rancorosa, tanto quanto prejudicam quem o cultiva quanto produz ressonância perniciosa na pessoa contra a qual é dirigido.

Muitas experiências de laboratório têm comprovado o seu efeito avassalador sobre plantas, animais, crianças e pessoas outras fragilizadas física e emocionalmente.

O inverso é igualmente verdadeiro.

Quando, por exemplo, uma euforia, um bem-estar, um vigor assaltam o indivíduo que recebe os influxos mentais de afetos, de respeito, de gratidão, assim o mesmo acontecendo com as plantas e os animais deixando-os mais vivazes quando amados e enriquecidos pelas incessantes ondas de simpatia e de ternura daqueles que os hospedam e cuidam.

Muitos distúrbios de comportamento psicológico procedem da aceitação da sintonia do paciente com pensamentos odientos, invejosos, perseguidores, carregados do morbo do ódio, da inveja, do despeito...

Agasalhando essas descargas que lhes são direcionadas pelos infelizes, as pessoas terminam por sentir-lhes os efeitos danosos no seu conjunto vibratório, danificando-o.

Se, por acaso, a vítima dá-se conta e reage, pior se torna o dano porque passa a retroalimentar-se dos tóxicos e vapores viciosos conduzidos pela corrente mental.

O melhor antídoto para esse mal é o envolver-se nas ondas sublimes da oração, precatando-se dessa interferência nefasta que percorrem os espaços, direcionados ou não a determinados alvos.

Jamais evitar-se responder na mesma faixa de resistência, pois que se faria mais forte o intercâmbio destruidor.

No sentido oposto, o pensamento edificante, é rico de energias benéficas que sustentam os campos vibratórios de quem os capta, mas essencialmente daquele que os emite por originar-se nas Augustas Fontes do Amor Universal.

O pensamento é uma força dinâmica natural que sempre está em ação, desde que a criatura humana normal não pode viver sem o emitir.
*

Toda vez quando sentires inusitada emoção de empatia que te envolva, de alegria espontânea sem motivo aparente, de conjecturas otimistas, de planos edificantes, estás sob a ação de pensamentos bons e saudáveis. Procedem de mentes afetuosas que te envolvem em simpatia e afabilidade ou dos teus Guias espirituais.

Aproveita-os, concentra-te e fixa-os, a fim de que te vitalizem e permaneçam como carga de nutrição para outros momentos menos venturosos.

No sentido oposto, quando te sentires confundido, em perturbação mental ou desconforto emocional, encontras-te sob descargas negativas que deves diluir, recorrendo à prece, às leituras agradáveis, a fim de renovares as paisagens mentais.

De igual maneira, são emissões, essas porém, morbíficas de desafetos físicos ou espirituais que são inamistosos em relação a ti e comprazem-se com as tuas aflições.

Ora por eles, tem paciência, renova-te e não guardes qualquer tipo de ressentimento.

O Evangelho alude que a fé remove montanhas, o que decodificado pode significar a força do pensamento que é a saudável exteriorização do desejo mental fixado num objetivo.

Crimes hediondos são arquitetados na mente em desalinho e pervertida dos enfermos sociopatas.

Ideais de santificação e progresso da humanidade têm sua gênese na elaboração mental de quem opta por amar e servir.

O Universo é obra do pensamento do Criador, que a todos os seres humanos dotou da mesma energia neutra inicialmente, a fim de que o livre arbítrio de cada qual direcione-o conforme o seu nível moral, beneficiando-se, enquanto ajuda ou compromete-se, e fica encarcerado no mal.

Pensa e reflexiona na ideia mental perversa ou vã e a futilidade como a ausência de sentido existencial se te aninharão no imo, levando-te ao desencanto, ao tédio ou a aflições sem nome.

Pensar bem ou mal é resultado de treinamento que se transforma em hábito.
*

Jesus asseverou com veemência: Tudo quanto pedirdes ao Pai orando, Ele vos concederá.

Certamente, se solicitares com o pensamento em prece bênçãos, jamais deixarás de as receber.

A energia mental canalizada pela prece alcança os centros de captação universal e produz-se a ligação vigorosa entre o orante e o Supremo Ouvinte.


Joanna de Ângelis  Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 4 de novembro de 2013, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia

A delinqüência, o crime e suas causas


Falando a uma grande publicação brasileira sobre um tema em que é especialista - a criminalidade -, o sociólogo americano John Laub, presidente da Sociedade Americana de Criminologia, afirma que são várias as teorias que tentam explicar por que os criminosos desistem do crime.

Um dos fatores da mudança, explica Laub, é o casamento com alguém a que o indivíduo se sinta fortemente ligado. Outros fatores seriam a identificação com o trabalho, a educação e a religião. Mas o fator mais importante é o casamento, de que, segundo ele, resultam diversas conseqüências positivas, e não só para o crime.

Assevera Laub que a delinqüência não se encontra concentrada nas famílias pobres. Ela é encontrada em todas as classes sociais. Adolescentes ricos e pobres se envolvem em crimes, especialmente os menos graves, como o uso de drogas.

Tem razão o especialista americano, que poderia até ter dito que os grandes assaltos contra os cofres públicos têm sido praticados por pessoas que passaram pela faculdade e nada têm a ver com a pobreza ou com as privações econômicas. O que senadores, deputados, governadores, prefeitos e até magistrados têm feito em nosso país, nesse tema intitulado corrupção, supera em muito o que os seqüestradores e os assaltantes de bancos amealharam por aqui em toda a nossa história.

A razão por que a delinqüência não é apanágio dos pobres é explicada com clareza pela Doutrina Espírita.

Os Espíritos reencarnam nos mais diferentes lugares e situações, no interesse de sua ascensão na escala evolutiva. Pobreza e riqueza não constituem punição nem privilégio. São provas, cuja finalidade é experimentar o indivíduo de maneiras diferentes, de acordo com suas necessidades evolutivas.

A riqueza e o poder, tanto quanto as dificuldades e a penúria, são provas muito difíceis, porque, enquanto a penúria provoca as queixas contra a Providência, a riqueza incita a todos os excessos, e é, por isso, numa perspectiva espiritual, prova mais perigosa do que a própria miséria. (Cf. O Livro dos Espíritos, questões 814, 815 e 925.)

O que poucos sabem é que as provas que suportamos na vida corpórea fazem parte da chamada programação reencarnatória, tema que Kardec esmiúça com a clareza habitual no item 872 da mesma obra.

A delinqüência, num e noutro caso, deriva das qualidades do indivíduo. Se for um Espírito forte e consciente do seu dever, saberá resistir a todas as inclinações e influências negativas que receber; caso contrário, poderá sucumbir, o que explica por que nem todos os que vivem num meio violento e miserável buscam o caminho da criminalidade.

 Editorial da revista O Consolador

Reflexões sobre a culpa


A culpa é grave transtorno emocional de consciência que grassa velada ou claramente e aflige a sociedade contemporânea.

Insidiosa, pode ser considerada como planta parasita que se nutre da seiva do vegetal no qual se hospeda e termina por matá-lo.

Sob outro aspecto, apresenta-se como negra ave agourenta que abre suas asas sombrias e asfixia perversamente o indivíduo que a agasalha.

Quase todos os reencarnados carregam no inconsciente alguma forma desse conflito inditoso que se manifesta de variadas formas e trabalha em favor do seu sofrimento moral e emocional.

Herança macabra dos atos infelizes, procede dos comportamentos omissos ou prejudiciais durante a presente existência ou as procedentes de outras passadas.

Ninguém consegue evadir-se da sua penosa injunção, por decorrência do desrespeito aos Soberanos Códigos da Vida.

Sorrateiramente explicita-se como complexo de inferioridade ou disfarça-se de narcisismo e empurra aquele que lhe padece a compressão no rumo dos pântanos da angústia declarada ou transformada em fuga da realidade.

Normalmente o eu consciente procura escamoteá-la, para evitar o enfrentamento direto, que constitui o eficiente recurso de diluir-lhe a presença punitiva até erradicá-la completamente...

De alguma forma expressa o cumprimento da Divina Justiça que alcança o infrator que se permitiu ludibriá-la.

Quando se instala, faz-se mordaz, porque diminui o ser a ínfima condição, torna-o inferior espiritualmente ou subestima-o, nivelando-o por baixo na escala de valores morais.

Nessa fase, torna a sua vítima arredia ou prepotente, cínica ou cruel, complexada ou reacionária.

Quando lhe faltam os instrumentos edificantes de caráter ético e moral, transforma-se na sombra enfermiça que impede as realizações nobilitantes e a aquisição dos valiosos tesouros que contribuem para o autoperdão e a reabilitação.

Tem raízes no mal que se fez, mas igualmente no bem que se deixou de praticar.

Praticar o mal é um mau comportamento, porém, não executar o bem que está ao alcance de todos é um grande mal.

A existência humana está desenhada para a conquista do progresso moral tendo como foco a ser conseguido o estado de plenitude ou Reino dos Céus.

Qualquer desvio da pauta comportamental estabelecida pelos Celestes Cânones, e o Espírito, ao dar-se conta de que posterga a responsabilidade ou tenta sepultá-la no inconsciente, constitui-lhe gravame no processo evolutivo que exige correção.

Nada obstante, ocasião surge em que ressuma por necessidade de iluminação da consciência ultrajada e obscurecida pelo erro.

*

Ao deparar-te com esse parasita que se te apresenta, assume responsabilidade para logo providenciares a reparação e, por fim, a sua remissão.

Quase sempre o motivo gerador da culpa permanece ignorado na área da razão, pois que se apresenta conflitiva na conduta, exceção quando se opera o imediato despertamento que pode dar lugar ao choque pós-traumático imobilizador.

O Evangelho de Jesus, nas suas profundas considerações sobre a vida e sua finalidade na Terra, receita providencialmente a psicoterapia a ser utilizada, que deve ser iniciada mediante o esforço da autoconsciência, isto é, pelo exame da causa desencadeadora.

Se não se consegue identificá-la de imediato, é necessário que se utilizem os instrumentos oferecidos pelo amor. a fim de dar-se conta que o equivocar-se é normal no processo evolutivo, porém, manter-se no erro é resultado da falta de discernimento, da imaturidade psicológica, da presunção ou da soberba.

Identificada a fragilidade pessoal, cabe seja produzida a reparação do delito através dos serviços de engrandecimento interior, com imediata modificação da conduta íntima sempre para melhor. do auxílio ao próximo e da contribuição em favor da harmonia da Natureza que serve de mãe generosa e, dessa forma, acalmando a ansiedade.

Apoia-te na meditação e renova-te na prece, torna-te útil e sai da concha calcária e escura do eu para o serviço geral em favor do progresso da humanidade.

De imediato sentirás as bênçãos da remissão, isto é, da liberdade e da consciência de paz.

Nunca deixes de usar o amor em qualquer circunstância que se te apresente.

Melhor será que peques por ajudar, do que ser omisso por conveniência pessoal, covardia ou para estares bem no torpe comportamento social vigente.

A culpa é, também, o anjo bondoso que contribui poderosamente para o autoencontro.

A viagem carnal é compromisso de legitimidade com a evolução espiritual do ser, por cuja experiência a terna presença de Deus no íntimo se expanda e domine-o durante toda a sua trajetória.

Enfrenta as tuas culpas sem temores, não adies a oportunidade libertadora, nem te justifiques por meio de sofismas egoísticos e lenitivos equivocados.

A consciência, por mais se encontre entorpecida pelo erro, sempre desperta para a realidade que é a luz condutora da paz.

*

Allan Kardec, o vaso escolhido para apresentar o Consoladora que Jesus se reportou, esclarece que ante a culpa existente, fazem-se necessários o arrependimento, a expiação e a reparação. (*)

Sabiamente a proposta do eminente mestre lionês concorda com a compreensão do erro e sua correspondente análise que dão lugar ao sofrimento, portanto, ao arrependimento e à expiação para, em definitivo, conseguir-se a reparação, mediante todo e qualquer contributo que dignifique e anule o delito praticado.

Não se torna indispensável que a reparação ocorra em relação àquele que foi prejudicado em decorrência de inúmeros fatores.

O essencial é a tranquilidade da consciência ultrajada pela culpa ante a atividade reabilitadora.

Nunca te permitas, desse modo, a permanência na culpa inscrita nos teus painéis mentais e nas tuas emoções, cuja presença pode levar-te a transtornos graves.

Ama e serve sempre sem outra qualquer preocupação, exceto o Bem.

Esse é o caminho do Gólgota, mas é também a véspera da gloriosa manhã da Ressurreição.


Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 20 de janeiro de 2014, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Em 5.2.2014

A violência que nos assola e seu antídoto


Os últimos dias de novembro ficaram marcados pela verdadeira guerra que se registrou no Rio de Janeiro entre policiais e traficantes, com todas as suas consequências funestas que não poupam ninguém, especialmente as crianças.

Haverá um antídoto para tal estado de coisas?

É evidente que para tudo existe um antídoto. Uns têm efeito imediato, outros só produzem resultado a longo prazo.

No caso do tráfico de drogas, a causa central dos distúrbios verificados no Rio, dois são os aspectos a considerar.

De um lado estão os que adquirem o produto, movidos por uma compulsão em que é evidente, não apenas determinada enfermidade catalogável nos manuais de medicina, mas também uma influenciação de natureza espiritual.

Aplica-se à dependência química o que Herculano Pires e outros autores, como André Luiz e Cornélio Pires, escreveram a respeito do alcoolismo. O alcoólatra não consome sozinho, como pensa, o álcool que o destruirá. O vampirismo espiritual é um fato conhecido e esmiuçado pelos estudiosos do Espiritismo.

É preciso, pois, tratar os dependentes, da mesma forma como procuramos tratar os enfermos em geral, associando, porém, nesse tratamento, aos medicamentos convencionais, a chamada medicina espiritual conjugada com os recursos educativos.

Emmanuel escreveu certa vez que somente a educação conseguirá mudar a face do mundo em que vivemos. É por isso que existe a infância, esse período indispensável à reeducação dos seres que, havendo vivido por aqui, estão de volta ao cenário terrestre.

Do outro lado estão os que vivem do tráfico e o entendem como um negócio, embora tenham consciência de que se trata de uma atividade ilegal.

Muitas pessoas entendem, ingenuamente, que a liberação das drogas acabaria com o tráfico e, por extensão, com a violência a ele pertinente.

Ocorre que liberar o comércio das drogas ilícitas é o mesmo que eliminar a vigilância das autoridades sanitárias com relação aos medicamentos. Ora, quando um remédio é vendido numa farmácia, todos nós esperamos que sua composição e seus efeitos sejam do conhecimento da autoridade que o liberou. Se ele fosse nocivo à saúde, certamente não teria conseguido permissão para ser industrializado e vendido à população.

Assim se dá com as drogas ilícitas, cujos efeitos danosos são por demais conhecidos, e é por isso, precisamente por isso, que não podem ser comercializadas.

É preciso, pois, quanto aos que se valem do tráfico, a necessária repressão. Eles não podem prevalecer-se da fragilidade dos que lutam contra a dependência química para fazer disso uma fonte de renda, fonte essa condenável sob todos os aspectos pelos quais se considere a questão.

No tocante à educação, lembremos que a verdadeira educação tem por fim levar o indivíduo à perfeição; mas essa caminhada rumo à perfeição requer o concurso daquilo que Emmanuel chamou de duas asas: o sentimento e a sabedoria. “O sentimento e a sabedoria – escreveu ele – são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita. No círculo acanhado do orbe terrestre, ambos são classificados como adiantamento moral e adiantamento intelectual, mas, como estamos examinando os valores propriamente do mundo, em particular, devemos reconhecer que ambos são imprescindíveis ao progresso, sendo justo, porém, considerar a superioridade do primeiro sobre o segundo, porquanto a parte intelectual sem a moral pode oferecer numerosas perspectivas de queda, na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas”. (O Consolador, questão n. 204.)

A educação assim considerada nos ensinará a conviver com o próximo, aceitando-o tal qual é, com seus defeitos e imperfeições, sem a pretensão de corrigi-lo, porque o verdadeiro cristão inspira seu semelhante com bondade para que ele mesmo desperte e mude de conduta de moto próprio.

Diz Joanna de Ângelis que, ao descer das regiões felizes ao vale das aflições para nos ajudar, Jesus mostrou-nos como devem agir os que se dizem cristãos. E evocando o exemplo do Cristo, a mentora de Divaldo P. Franco recomenda (Leis Morais da Vida, cap. 31):

“Atesta a tua confiança no Senhor e a excelência da tua fé mediante a convivência com os irmãos mais inditosos que tu mesmo.

Sê-lhes a lâmpada acesa a clarificar-lhes a marcha.

Nada esperes dos outros. Sê tu quem ajuda, desculpa, compreende.

Se eles te enganam ou te traem, se te censuram ou te exigem o que te não dão, ama-os mais, sofre-os mais, porquanto são mais carecentes de socorro e amor do que supões.

Se conseguires conviver pacificamente com os amigos difíceis e fazê-los companheiros, terás logrado êxito, porquanto Jesus em teu coração estará sempre refletido no trato, no intercâmbio social com os que te buscam e com os quais ascendes na direção de Deus.”

Se os que tentam livrar-se da dependência química tiverem o apoio citado por Joanna, em lugar da condenação e do desprezo alheio, é evidente que poderão, sim, reerguer-se e voltar a ter uma vida normal, do que há inúmeros exemplos na sociedade terrena.


Editorial da revista o Consolador 

PLANEJAMENTO FAMILIAR! ESTARÍAMOS INTERFERINDO NA REENCARNAÇÃO?


1 – É lícito o planejamento familiar, o casal estabelecer quantos filhos deseja?


Quem cuidará deles? quem os sustentará, alimentará, protegerá, medicará, orientará, educará? Então, se os pais assumem tão sérios compromissos, obviamente têm o direito de decidir quantos serão os seus filhos.


2 – Isso não contraria a vontade de Deus? não devemos deixar que o Criador decida?


Ao nos outorgar a inteligência, Deus concedeu-nos, paralelamente, o livre arbítrio, a liberdade de decidir quanto à nossa vida. Isso inclui a prole. É assim que crescemos para a responsabilidade. Família planejada é família melhor cuidada. Deixar que venham filhos à vontade, sem depois cuidar deles, como acontece com freqüência, envolvendo casais menos esclarecidos, está longe de representar o cumprimento da vontade de Deus.


3 – Aprendemos com a doutrina espírita que muitas vezes a família é planejada na espiritualidade. o casal que limita a natalidade não corre o risco de estar negligenciando seus deveres?


Colocaríamos melhor a questão dizendo que “algumas vezes” esse planejamento é feito, porquanto poucos Espíritos revelam, ao reencarnar, suficiente maturidade para assumir tal compromisso. Se há o planejamento, o casal tende a observá-lo. Reencarna com essa idéia. Ambos, intuitivamente, desejam determinado número de filhos, e acabam por consumar o que foi planejado.


4 – Não pode ocorrer uma defecção? Que o casal resolva limitar a natalidade, aquém do que foi planejado?


Sim, porquanto nossa visão no mundo espiritual é mais ampla e esclarecida. Do “outro lado” identificamos melhor nossas necessidades. Aqui, de percepções bloqueadas pela armadura física, temos uma visão limitada e, inspirados pelo egoísmo, podemos refugar nossos compromissos.


5 – Se o casal planejou receber determinados Espíritos como filhos, e não o faz, o que acontece com eles?


Depende de sua condição evolutiva. Espíritos mais evoluídos vão cuidar da vida. Desafetos, que viriam para harmonizar-se com os pais, podem persegui-los. Amigos carentes, em estado de desequilíbrio, que deveriam reajustar-se no processo reencarnatório, podem vincular-se ao lar, agindo como almas penadas a perturbá-los.


6 – Nos países subdesenvolvidos a prole é numerosa, chega a envolver uma dúzia de filhos. Os pobres são mais fiéis ao planejamento espiritual?


Não se trata de fidelidade ao planejamento, mas de incapacidade de planejar, pela própria condição cultural. Os nascimentos em lares assim obedecem à Natureza. Espíritos vinculados ao psiquismo do casal são atraídos à reencarnação, pelo campo vibratório que se forma no relacionamento sexual.


7 – Não há interferência da espiritualidade?


Um evento tão importante como a reencarnação de jamais ocorre sem a presença de mentores espirituais, que oferecem seu apoio e ajuda. Eventualmente, podem até favorecer que determinado espírito seja conduzido àquele lar, num planejamento sumário.



8 – Nota-se que, na medida em que a população evolui cultural e economicamente, há uma tendência para a limitação da natalidade. Isso não representa um “fechar de portas” aos Espíritos que precisam reencarnar?


Há alguns excessos nesse particular. casais com maior poder aquisitivo podem não querer compromissos dessa natureza, a fim de “gozar a vida”. A virtude está no meio. Nem despreocupação com a quantidade de filhos, nem limitação excessiva. Nem porta escancarada, nem porta trancada antes da hora. Os filhos dão muito trabalho e preocupações, mas oferecem, também, significado e objetivo à existência, colaborando decisivamente para a mudança de pessoa na conjugação do verbo de nossas ações. da primeira do singular – eu, sob orientação do egoísmo, para a primeira do plural – nós, iniciando-nos nos domínios abençoados da fraternidade.

RICHARD SIMONETTI

TRABALHOS ESPIRITUAIS!!! O MAL ESTÁ COM QUEM O PRATICA.



1 – Na questão 551, de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta: “Pode um homem mau, com o auxílio de um mau Espírito que lhe seja dedicado, fazer mal ao seu próximo?”

A resposta é surpreendente: “Não; Deus não o permitiria.” Não contraria os incontáveis casos de pessoas perseguidas por Espíritos que atendem à evocação maldosa de gente que pretende prejudicá-las?


Há muita fantasia em torno do assunto, envolvendo médiuns supostamente capazes de “contratar” tais Espíritos, supostamente dotados de poderes para prejudicar as vítimas. Se isso fosse tão simples estaríamos todos “fritos”, conforme a expressão popular, à mercê dessas influências.

02 – No entanto, é comum nos depararmos com pessoas assustadas que foram informadas de que estão “amarradas” por artes desses “contratos”.


É a maneira desonesta usada por gente especializada em impressionar os incautos. Há muita ingenuidade da parte dos consulentes e muita malandragem da parte dos supostos “médiuns”, amedrontando-os para mais facilmente tirar-lhes dinheiro.

3 – Não obstante, toda obsessão envolve influências espirituais. Sejam evocadas por médiuns ou tenham a iniciativa de Espíritos malfazejos, não produzem males na vítima?


Consideremos que um Espírito pode nos ocasionar embaraços, envolvendo as pessoas que nos rodeiam ou pressionando nosso psiquismo, mas só será capaz de nos molestar na intimidade da própria consciência se reagir de forma desajustada. Então, não é o mal que nos faça que nos afetem, mas o mal que asilarmos em reação à sua influência. Se eu conseguir manter a calma e o equilíbrio, sintonizado com o bem e a verdade, não serei atingido.

4 – Digamos que o Espírito obsidie uma mulher, induzindo- a ao adultério. Não estará fazendo mal ao seu marido?


O mal está com quem o pratica, no caso a esposa que cedeu à influência do Espírito, por guardar tendências compatíveis com o adultério. Vai responder por isso. Se o marido, revelando comportamento machista, agredi-la ou submetê-la à execração pública, então, sim, estará se envolvendo com o mal.

5 – De qualquer forma, haverá sofrimento para ele. Isso não é um mal?


Não podemos confundir com o mal o sofrimento decorrente de algum prejuízo moral ou material que nos façam. Ele está nos sentimentos negativos, no ódio, no rancor, no desejo de vingança…Se não os asilamos no coração, esse mal “periférico” nos fará crescer.

6 – Então o mal acaba se convertendo num bem?


Sem dúvida, mesmo o mal que façamos porquanto, contrariando as leis divinas, somos penalizados por nossa própria consciência que, mais cedo ou mais tarde, nos imporá sofrimentos depuradores, que nos converterão ao Bem.

7 – Por isso Jesus recomendava o perdão?


Não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete perdão incondicional, que tira o sofrimento maior, quando nos causam prejuízos, ajudando-nos a manter a própria integridade, sem nos deixarmos arrastar ao revide, este sim, o verdadeiro prejuízo, inspirado pelo mal em nós, quando não relevamos.

8 – Em resumo…
Nenhum Espírito nos induzirá ao mal, se cultivarmos o bem. Mesmo diante de prejuízos que nos cause, conservaremos a própria integridade, evitando os comprometimentos do desequilíbrio. Consideremos, ainda, a questão vibratória, quando assediados por Espíritos que venham por encomenda ou por iniciativa própria: não seremos afetados, desde que mantenhamos uma conduta reta, firma, baseada em princípios de fraternidade e respeito pelo próximo. Atendendo à lei de sintonia psíquica, nenhum Espírito mau nos envolverá se sempre encontrar o bem a reinar em nosso coração.

RICHARD SIMONETTI

EPILEPSIA! HAVERIA LIGAÇÕES ESPIRITUAIS?



A epilepsia é tão antiga como o homem. Sabe-se de legislações a respeito de pacientes epilépticos no código de Hammurabi e na antiga Grécia se lhe chamava "a doença sagrada", pois devido à característica súbita e inesperada do fenômeno se acreditava que os deuses ou demônios possuíam o corpo do enfermo. "Do grego deriva o termo epilepsia que significa "ser tomado desde acima". Hipócrates, pai da Medicina escreveu "A respeito da doença sagrada", e quatro séculos antes de nossa era disse que não era mais sagrada do que qualquer outra e que tinha seu assento no cérebro. 

Em Roma se lhe chamou a "doença comicial", pois o fato de que algum dos assistentes apresentasse uma convulsão era um sinal de suspender as eleições".Portadores de epilepsia sofrem com o estigma, o preconceito, a vergonha e o medo do desconhecido. A epilepsia é uma doença cerebral caracterizada por convulsões, que vão desde as quase imperceptíveis até aquelas graves e freqüentes. A Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 50 milhões de pessoas no mundo são portadores de epilepsia, sendo que destas, 40 milhões estão em países subdesenvolvidos. 


Apesar desse cenário alarmante, a organização afirma que 70% dos novos casos diagnosticados podem ser tratados com sucesso, desde que a medicação seja usada de forma correta. O tratamento preferencial para a epilepsia é o medicamentoso. O uso das drogas anticonvulsivas é eficaz em 70% a 80% dos casos. Para os pacientes com epilepsia refratária às drogas anticonvulsivas (20% a 30% dos casos), o tratamento indicado é o cirúrgico. Dependendo do tipo de epilepsia, a cirurgia pode ser bem sucedida em até 80% desses pacientes. A cirurgia se desenvolveu, principalmente, a partir dos anos 80 com o avanço da tecnologia nos exames de imagens. A ressonância magnética estrutural e a funcional (SPECT), além do monitoramento em vídeo, permitem fazer um diagnóstico exato do foco epiléptico. 

Porém, apesar da tecnologia médica atual "É como atirar no escuro e esperar que o alvo seja acertado". É assim que o neurologista Ley Sander, professor do Departamento de Epilepsia Clínica e Experimental do University College London, define o tratamento da epilepsia."Em todos os países, a epilepsia representa um problema importante de saúde pública, não somente por sua elevada incidência, mas também pela repercussão da enfermidade, a recorrência de suas crises, além do sofrimento dos próprios pacientes devido às restrições sociais que na grande maioria das vezes são injustificadas", afirma o neurologista Jesus Gomez-Placencia, MD, PhD, Professor titular, Dep. de Neurosciências da Universidade de Guadalajara, no México. 

Foi Hipócrates (em torno de 460-375aC) - talvez influenciado por Atreya, pai da medicina hindu (e que viveu 500 anos antes), quem passou a afirmar que a epilepsia não tinha uma origem divina, sagrada ou demoníaca, mas que o cérebro era responsável por essa doença. 
E apenas muitos anos depois, Galeno (129 - em torno de 200 dC) fez a primeira classificação de diferentes formas da doença. 


Apesar das afirmações de Hipócrates e Galeno, as crenças em torno da epilepsia como possessão, maldição ou castigo perpetuaram por muito tempo.A epilepsia, sob a ótica do Espiritismo, é uma doença neurológica, como qualquer outra doença que pode alterar o organismo humano, por isso mesmo deve ser tratada com os especialistas da medicina terrena. A propósito, alguns estudantes do Instituto Politécnico do México (IPN) criaram um dispositivo que diminui os ataques de epilepsia, consoante informa o instituto da Cidade do México. "Com o objetivo de contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem de epilepsia, estudantes criaram o Saceryd, que reduz a freqüência e a intensidade das crises por meio de estímulos elétricos". 

Nos Estados Unidos, já existe aparelho semelhante. Não há dúvida que a terapêutica espírita poderá ajudar na recuperação do equilíbrio físico do enfermo, se for ministrada adequadamente, sem nunca dispensar a assistência médica. Porém, muitas pessoas confundem as crises epilépticas com sintomas obsessivos ou mediunidade a ser desenvolvida, o que é um grave erro. 


Ainda hoje, em pleno Século XXI - a despeito de todas proezas da medicina - muitos centros espíritas e igrejas de outros vários credos, sobretudo no Brasil, lidam com a epilepsia - como se esta fosse originada de "incorporações de espíritos de mortos", de "possessões pelo demônio" etc... Até bem pouco tempo atrás, em todo o mundo, os ataques epilépticos, as convulsões cerebrais, o histerismo, as doenças em geral, eram tratados quase que exclusivamente com "passes magnéticos" ou "exorcismos", muitas vezes violentíssimos e desumanos. A epilepsia não é obsessão, muito embora esta pode, às vezes, se apresentar com os sintomas da epilepsia, e o epiléptico pode ser portador de um processo obsessivo. Daí a confusão que muitas vezes é feita entre uma coisa e outra. O conceito que existe no meio espírita de que os epilépticos são médiuns que deveriam desenvolver suas mediunidades é completamente equivocada. 

Essa patologia mui raramente ocorre por meras alterações no encéfalo, como sejam as que procedem de pancadas na cabeça geralmente, é enfermidade da alma, independente do corpo físico, que apenas registra, nesse caso, as ações reflexas. Pois a epilepsia tem ligação com problemas espirituais. A recordação dessa ou daquela falta grave que ficam enraizada no Espírito sem que tenha tido oportunidade de desabafo ou corrigenda, cria na mente um estado patológico que se classifica de zona de remorso, provocando distonias diversas de uma encarnação para outra. 

O corpo procede do corpo, porém há influência enorme da consciência do reencarnante, modelando seu próprio corpo, influenciando os genes da hereditariedade com o distúrbio ligado à causa pregressa no aproveitamento da Lei de Deus para que o Espírito não escape ao seu destino doloroso, mas intransferível e necessário. No livro "Missionários da Luz", cap. 12, André Luiz narra-nos inúmeras experiências em cujo Espírito reencarnante pede que sejam alteradas certas condições físicas para que possa vencer as suas provas redentoras.A epilepsia é uma doença neurológica e possui matrizes cerebrais para que ela ocorra. No entanto, muitos fatores podem provocar essas alterações cerebrais e, dentre eles, há a causa espiritual. A grande contribuição do Espiritismo nessa área é apontar causas espirituais diretas e indiretas. No livro A Gênese, no capítulo XIV, Allan Kardec ensina que uma obsessão intensa (forte interdependência entre o obsessor e o obsidiado) e prolongada pode gerar lesões orgânicas através dos fluidos espirituais "viciados": 

"Tais fluidos agem sobre o perispírito, e este, por sua vez, reage sobre o organismo material com o qual está em contato molecular. (...) se os fluidos maus forem permanentes e enérgicos, poderão determinar desordens físicas: certas moléstias não têm outra causa senão esta. O Mestre de Lyon reconhece em O Livro dos Espíritos, questões 481-483, que uma influência espiritual obsessiva pode causar uma neurolesão epiléptica e propõe que o método desobsessivo pode levar à cura do paciente". A epilepsia possui muitas relações com mecanismos naturais das provas e expiações, no contexto das causas atuais e anteriores das nossas aflições. 

Assim, apesar da epilepsia ter uma causa orgânica, a influência espiritual para que ela aconteça não pode ser ignorada. Segundo narra André Luiz um caso no qual durante "uma convulsão epiléptica o obsessor ligando-se a Pedro, seguindo-se convulsão generalizada tônico-clônica, com relaxamento de esfíncteres. O mentor Aulus afirma ser possessão completa ou epilepsia essencial e analisa que, no setor físico, Pedro está inconsciente, não terá lembrança do ocorrido, mas está atento em espírito, arquivando a ocorrência e enriquecendo-se."


Na seqüência do fato, após a prece e o passe ocorre o desligamento do desencarnado, termina a convulsão e Pedro entra em sono profundo. "Com a terapia desobsessiva exitosa, será possível terminar com os ataques de "possessão", mas Pedro sofrerá os reflexos do desequilíbrio em que se envolveu, a se expressarem nos fenômenos mais leves da epilepsia secundária que emergirão por algum tempo, ante recordações mais fortes da luta atual até o reajuste integral do perispírito (reflexo condicionado)". 


Esse caso demonstra que, apesar de tratar-se de obsessão, não ocorreu a manifestação do obsessor após a convulsão, certamente devido ao passe aplicado durante a convulsão, que produziu o desligamento do espírito desencarnado. Infere-se pois, ante a presente exposição, que os quadros de epilepsia podem ser provocados por obsessão também, tanto quanto existem casos sem ação de desencarnados e casos mistos. Independentemente do caso, com ou sem envolvimento obsessivo, há necessidade de uso de medicação da medicina acadêmica, considerando-se óbvio que a terapia desobsessiva é altamente eficaz, devendo ser usada como preconiza a obra kardequiana.

Jorge Hessen

SEXO CASUAL NA VISÃO ESPÍRITA!


Atualmente o sexo casual é aceito por boa parte da sociedade, mesmo por alguns conservadores. O artigo que segue é uma opinião espírita sobre o tema. Quem quiser consultar doutrina, procure as questões 696 e 701 do Livro dos Espíritos. 



Há algum tempo sexo era tabu e quem desafiasse esse tabu era mal visto pela sociedade. Mulheres deviam casar virgens. Muitas desgraças familiares, muitos suicídios foram cometidos por mulheres que se deixaram seduzir e engravidaram. Era tão estupidamente grande a vergonha de ser mãe solteira, condenada ao preconceito e falatório para o resto da vida; era tão assustadora a ideia de encarar um pai ultrajado com isso que era considerada a maior vergonha possível, que muitas preferiam dar fim à própria vida.

Muitos abortos clandestinos e perigosos, muitas mulheres especializadas em tirar a vida que se formava nos ventres jovens de mulheres que não conseguiram superar o desejo. Muitos filhos bastardos, nunca reconhecidos, apartados da vida digna e normal. Muitos casamentos forçados na última hora, para evitar que o escândalo de uma gravidez sujasse o nome da família. Muitos casamentos arranjados apenas por interesse dos pais ou para evitar que as filhas ficassem solteiras além do tempo e perdessem o ensejo de arranjar um marido. E com isso o desgosto, o nojo do sexo, a falta de amor e carinho.

Duvido que a geração de agora saiba o que significava tudo isso. Porque hoje a política sexual vigente é exatamente o contrário; hoje o jovem é pressionado a iniciar sua vida sexual cada vez mais cedo, a experimentar o máximo de relações sexuais, a transitar entre pessoas dos dois sexos. Vivemos uma ditadura sexual. Talvez muitos pais não tenham consciência do que ocorre nas escolas, nas ruas, em suas próprias casas.

Em qualquer contato íntimo entre pessoas há troca de energias. Os adolescentes não imaginam que ficar com alguém não é algo apenas momentâneo. Eles ficam durante minutos ou horas, com ou sem relações sexuais. Mas as energias e as companhias espirituais dos ficantes transitam livremente. O sexo forma uma ligação energética entre os parceiros que se estende por muito tempo. 

O sexo casual é tido como uma atividade adulta, livre, em que o único cuidado, se houver, é na prevenção de doenças. Tratam isso como se fosse um avanço, uma grande conquista da civilização, quando na verdade se trata de uma tirania dos instintos. O sexo pelo sexo é um retorno à animalidade. Sexo sem afeto é instinto animal. Os praticantes do sexo casual não gostam de pensar a respeito. Ninguém gosta de reconhecer suas fraquezas, analisá-las e questioná-las. Acham que quem tem opinião contrária à sua é moralista.
Não conheço nenhuma – nenhuma! – pessoa que se entregue a quantos parceiros se lhe apeteçam, durante a vida, que não sofra a partir de uma determinada idade. Quando o tesão começa a diminuir e a pessoa percebe que não formou afetos, só erotismo, o vazio aperta, o desgosto pela vida, a depressão. Fora a banalização cada vez maior do sexo, a busca por prazeres mais intensos, a experimentação com parceiros do mesmo sexo.

Acho que a homoafetividade deve ser respeitada como manifestação autêntica da personalidade humana. Mas a experiência por curiosidade ou por modismo ou por pressão do grupo é um mergulho no desconhecido. Estão lidando com sentimentos, emoções e sensações energeticamente poderosas, que mais cedo ou mais tarde exigem o reajuste. Aí a dor é inevitável…

Frequentemente sou perguntado pela opinião do Espiritismo a respeito do sexo livre e casual. O Espiritismo não tem como princípio ser um norteador de condutas à maneira dos antigos códices. O Espiritismo deixa claro que temos o livre-arbítrio, que tudo nos é permitido mas nem tudo nos convém, que toda ação gera uma reação.

Mas o mais importante é que sempre estamos acompanhados pelos espíritos que se afinizam conosco. Somos rodeados de espíritos que gostam do que gostamos. Nada que seja estritamente material pode atrair espíritos bem intencionados. O sexo casual, sem afeto, apenas pelo prazer, atrai muitos espíritos que sentem necessidade dessas mesmas energias. Forma-se com eles verdadeira simbiose, trocando energias e influências.

O sexo é uma dádiva de Deus e uma fonte legítima de prazer e rearmonização energética. Mas a vivência do sexo saudável pressupõe afeto. O resto é animalidade.

Retirado do Blog: http://espiritismoerazao.blogspot.com.br

24 de fev. de 2014

SUICÍDIO INVOLUNTÁRIO, O OUTRO LADO DA MOEDA





O escritor norte-americano Sidney Sheldon, relata em sua autobiografia (1), o episódio em que, ainda garoto, tomara a decisão de se suicidar, algo que seu pai, hábil vendedor à época, impedira, usando argumento bastante convincente.
Há dois modos de se interromper a vida por conta própria. O mais impactante é o ato tresloucado, desprovido de qualquer razão, em que o indivíduo usando de arma ou procedimento letal dá cabo à própria vida. O outro é praticado ao longo do tempo, através de atitudes que comprometem a saúde física e mental do sujeito. Exemplos: o uso de drogas, lícitas e ilícitas, de medicamentos sem a orientação médica e além do necessário, do alcoolismo, da promiscuidade sexual, da alimentação inadequada e exagerada, da poluição mental, por intermédio de ideias destrutivas, da submissão sem resistência ao pessimismo, da crença permanente de que se é um derrotado, porque não se consegue atingir metas para as quais tanto se trabalha e se luta.
Em o livro Nosso Lar (2), o personagem principal André Luiz, se surpreende quando é informado de que sua passagem pelo Umbral (3) se devia ao fato de ser um suicida, ainda que involuntário.
Camilo Castelo Branco, o célebre escritor português, autor de, entre outros, Amor de Perdição, um clássico da literatura, relata no admirável Memórias de um Suicida (4), as terríveis consequências que sofrera, em virtude de seu impensado ato, ao abdicar da existência humana.
O assunto está sempre em voga mas ganha destaque maior com o falecimento da cantora Amy Winehouse, que, após anos lutando contra o vício destruidor do álcool e das drogas, sucumbira aos efeitos devastadores de tais substâncias.
Considerando os ensinamentos da doutrina espírita, seria Amy uma suicida involuntária, ou seja, não tinha intenção, até onde se sabe, de se matar, mas acabou por fazê-lo, devido os hábitos agressivos que impôs ao seu corpo físico.
Por que tais fatos acontecem?
Bem, um dos motivos talvez seja por que nos falta a compreensão de que estamos em uma condição humana, mas, em verdade, somos espíritos. Portanto, até podemos acreditar que somos eternos, mas não temos a exata noção do que isso representa. Por conseguinte, não aceitamos que a experiência humana é mais uma etapa em nosso infinito aprendizado.
Para mensurarmos a dimensão e a importância da nossa experiência humana, ainda nos sujeitamos a conceitos de vitórias e derrotas, de êxito e de fracasso. Todavia, estas coisas, perdem todo o seu significado grandioso que a elas damos quando vistas do alto de nossas consciências.
Faça de seu corpo físico um santuário sagrado de devoção à vida. Esta deveria ser mais do que uma preocupação, uma meta a ser atingida. E os hospitais e as clínicas psiquiátricas, os presídios e os velórios seriam menos freqüentados.
Mas vivemos em um mundo cujos valores objetivos, como as conquistas materiais, portanto, efêmeras, prevalecem sobre os valores subjetivos.
Desde pequenos somos sugestionados e convidados a competir, a sobrepor o semelhante, a vê-lo como um inimigo a ser batido, e não como um irmão que encontramos em nosso caminho de aprendizado e com o qual podemos caminhar juntos, lado a lado.
O resultado, o sucesso e a vitória são tudo o que importa para nós. E quando ele não vem, porque nem sempre virá nos sentimos insatisfeitos, nos acreditamos incapazes, descremos de tudo, principalmente nas coisas que só o Bem proporciona. O Bem aos nossos olhos perde o brilho, torna-se inútil, sinônimo de derrota, de impossibilidade, de imperfeição e de insuficiência.
Daí é um passo para nos envolvermos com as energias inferiores, que, em nós, encontrarão refúgio para a sua escuridão. Então, estabelece-se uma simbiose, entre um e outro, criando uma atmosfera destrutiva, de alienação à realidade, que envolve e domina a nossa mente, posteriormente, nossos sentidos, e finalmente, o nosso corpo físico, tornando-o escravo das energias negativas, alimentadas pelos vícios de toda a sorte, principalmente àqueles que levam pouco a pouco à degradação moral e humana do indivíduo, ou seja, do espírito, que está na condição humana.
De aprendiz, liberto e senhor de si, em condições de realizar por si só, de aprender e de escolher, ele se torna escravo, submisso, refém da situação que, seja por descuido, ou opção, criou para si mesmo.
Sozinho, não conseguirá sair dessa "teia de aranha" na qual se meteu. Necessitará de ajuda. E, muitas vezes, tão desacreditado da vida que se encontra que ele não deseja essa ajuda. E só a terá de fato, a partir do instante, em que, cansado de sofrer, realmente quiser ser ajudado.
Observada de maneira superficial têm-se a impressão de que tal dramática situação só ocorre com artistas famosos, expostos às influências de toda sorte, em face o seu nível de sensibilidade mais aflorado. Mas não. O fenômeno se dá em muito maior número entre as pessoas consideradas comuns porque não são celebridades, não são artistas. Essas padecem com os sofrimentos, muitas vezes, solitariamente, abandonadas pelos próprios familiares, amigos e colegas de trabalho e de estudo.
Já é hora dos filósofos, psicólogos, escritores e artistas descerem do pedestal de sua auto-suficiência intelectual e buscarem compreender os ensinamentos de Jesus, fundamentados no amor e no perdão, forças motriz que propiciam a felicidade e a paz que todos buscamos.
A finalidade da existência humana não é competirmos entre nós, mas ajudarmo-nos uns aos outros em nossas jornadas de aprendizado.
A fé nos valores morais, a prática do Bem, o desapego consciente às coisas materiais, reconhecendo-se a sua necessidade, sim, mas jamais as tornando sustentáculos de nossa paz e alegria espiritual, são mais que mecanismos, são defesas ao alcance de todos, para que possamos passar ao largo das inclinações aos vícios, das quais todos nós estamos sujeitos, e que nos levam à destruição.
Elevemos o pensamento a Deus, nas horas de maior dificuldade. Lembremos que tudo passa, e todas as experiências por nós vivenciadas durante a trajetória humana são oportunidades para o nosso crescimento espiritual. Porque espíritos é o que de fato somos.


Notas:
1) O Outro Lado de Mim, Sidney Sheldon (Editora Record, 394 págs.)
2) Nosso Lar, André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier (Editora FEB, 335 págs.)
3) Região no mundo espiritual de dor e sofrimento, para onde se refugiam espíritos suicidas, e aqueles dominados pelo ódio.
4) Romance mediúnico de Camilo Cândido Botelho (Camilo Castelo Branco) psicografado pela médium Yvonne A. Pereira (Editora FEB, 688 págs.).
*Artigo publicado no Site Autores.com.br: http://www.autores.com.br/34-ensaios/49171-suicidio-involuntario-o-outro-lado-da-moeda.html

14 de fev. de 2014

Corpo Espiritual (Perispírito)



Autor: André Luiz (espírito) - psicografia de Chico Xavier
RETRATO DO CORPO MENTAL


Para definirmos, de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental (3) que lhe preside a formação. Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura eletromagnética, algo modificado no que tange aos fenômenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o maneja. Todas as alterações que apresenta, depois do estágio berço-túmulo, verificam-se na base da conduta espiritual da criatura que se despede do arcabouço terrestre para continuar a jornada evolutiva nos domínios da experiência. Claro está, portanto, que é ele santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante, além do sepulcro, formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas coloides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta.

CENTROS VITAIS - Estudado no plano em que nos encontramos, na posição de criaturas desencarnadas, o corpo espiritual ou psicossoma é, assim, o veículo físico, relativamente definido pela ciência humana, com os centros vitais que essa mesma ciência, por enquanto, não pode perquirir e reconhecer. Nele possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que governam os bilhões de entidades microscópicas a serviço da Inteligência, nos círculos de ação em que nos demoramos, recursos esses adquiridos vagarosamente pelo ser, em milênios e milênios de esforço e recapitulação, nos múltiplos setores da evolução anímica. É assim que, regendo a atividade funcional dos órgãos relacionados pela fisiologia terrena, nele identificamos o centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de aprendizado que lhe corresponde no abrigo planetário. O centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito, assim como as peças secundárias de uma usina respondem ao comando da peça-motor de que se serve o tirocínio do homem para concatená-las e dirigi-las.

Desses centros secundários, entrelaçados no psicossoma, e, consequentemente, no corpo físico, por redes plexiformes, destacamos o centro cerebral contíguo ao coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras; o centro laríngeo, controlando notadamente a respiração e a fonação; o centro cardíaco, dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base; o centro esplênico, determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sanguíneo; o centro gástrico, responsabilizando-se pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização, e o centro genésico, guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas.

CENTRO CORONÁRIO - Temos particularmente no centro coronário o ponto de interação entre as forças determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas. Dele parte desse modo, a corrente de energia vitalizante formada de estímulos espirituais com ação difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os reflexos vivos de nossos sentimentos, idéias e ações, tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa influência e conduta. A mente elabora as criações que lhe fluem da vontade, apropriando-se dos elementos que a circundam, e o centro coronário incumbem-se automaticamente de fixar a natureza da responsabilidade que lhes diga respeito, marcando no próprio ser as consequências felizes ou infelizes de sua movimentação consciencial no campo do destino.

ESTRUTURA MENTAL DAS CÉLULAS - É importante considerar, todavia, que nós, os desencarnados, na esfera que nos é própria, estudamos, presentemente, a estrutura mental das células, de modo a iniciarmo-nos em aprendizado superior, com mais amplitude de conhecimento, acerca dos fluidos que nos integram o clima de manifestação, todos eles de origem mental e todos entretecidos na essência da matéria primária, ou Hausto Corpuscular de Deus, de que se compõe a base do Universo Infinito.

CENTROS VITAIS E CÉLULAS - São os centros vitais fulcros energéticos quem sob a direção automática da alma, imprimem às células a especialização extrema, pela qual o homem possui no corpo denso, e detemos todos no corpo espiritual em recursos equivalentes, as células que produzem fosfato e carbonato de cálcio para a construção dos ossos, as que se distendem para a recobertura do intestino, as que desempenham complexas funções químicas no fígado, as que se transformam em filtros do sangue na intimidade dos rins e outras tantas que se ocupam do fabrico de substâncias indispensáveis à conservação e defesa da vida nas glândulas, nos tecidos e nos órgãos que nos constituem o cosmo vivo de manifestação. Essas células que obedecem às ordens do Espírito, diferenciando-se e adaptando-se às condições por ele criadas, procedem do elemento primitivo, comum, de que todos provimos em laboriosa marcha no decurso dos milênios, desde o seio tépido do oceano, quando as formações protoplásmicas nos lastrearam as manifestações primeiras. Tanto quanto a célula individual, a personalizar-se na ameba, ser unicelular que reclama ambiente próprio e nutrição adequada para crescer a reproduzir-se, garantindo a sobrevivência da espécie no oceano em que respiram, os bilhões de células que nos servem ao veículo de expressão, agora domesticadas, na sua quase totalidade em funções exclusivas, necessita de substâncias especiais, água, oxigênio e canais de exoneração excretória para se multiplicarem no trabalho específico que nosso espírito lhes traça, encontrando, porém, esse clima, que lhes é indispensável, na estrutura aquosa de nossa constituição fisiopsicossomática, a expressar-se nos líquidos extracelulares, formados pelo líquido intersticial e pelo plasma sanguíneo.

EXTERIORIZAÇÃO DOS CENTROS VITAIS - Observando o corpo espiritual ou psicossoma, desse modo, em nossa rápida síntese, como veículo eletromagnético, qual o próprio corpo físico vulgar, reconhecer facilmente que, como acontece na exteriorização da sensibilidade dos encarnados, operada pelos magnetizadores comuns, os centros vitais a que nos referimos são também exteriorizáveis, quando a criatura se encontre no campo da encarnação, fenômeno esse a que atendem habitualmente os médicos e enfermeiros desencarnados, durante o sono vulgar, no auxílio a doentes físicos de todas as latitudes da Terra, plasmando renovações e transformações no comportamento celular, mediante intervenções no corpo espiritual, segundo a lei de merecimento, recursos esses que se popularizarão na medicina terrestre do grande futuro.

CORPO ESPIRITUAL DEPOIS DA MORTE - Em suma, o psicossoma é ainda corpo de duração variável, segundo o equilíbrio emotivo e o avanço cultural daqueles que o governam, além do carro fisiológico, apresentando algumas transformações fundamentais, depois da morte carnal, principalmente no centro gástrico, pela diferenciação dos alimentos de que se provê, e no centro genésico, quando há sublimação do amor, na comunhão das almas que se reúnem no matrimônio divino das próprias forças, gerando novas fórmulas de aperfeiçoamento e progresso para o reino do espírito. Esse corpo que evolve e se aprimora nas experiências de ação e reação, no plano terrestre e nas regiões espirituais que lhe são fronteiriços, é suscetível de sofrer alterações múltiplas, com alicerces na adinamia proveniente da nossa queda mental no remorso, ou na hiperdinâmica imposta pelos delírios da imaginação, a se responsabilizarem por disfunções inúmeras da alma, nascidas do estado de hipo e hipertensão no movimento circulatório das forças que lhe mantêm o organismo sutil, e pode também desgastar-se, na esfera imediata à esfera física, para nela se refazer, através do renascimento, segundo o molde mental preexistente, ou ainda restringir-se a fim de se reconstituir de novo, no vaso uterino, para a recapitulação dos ensinamentos e experiências de que se mostre necessitado, de acordo com as falhas da consciência perante a Lei. Outros aspectos do psicossoma examinarão quando as circunstâncias nos induzam a apreciar-lhe o comportamento nas regiões espirituais vizinhas da Terra, dentro das sociedades afins, em que as almas se reúnem conforme os ideais e as tarefas nobres que abraçam, ou segundo as culpas dilacerantes ou tendências inferiores em que se sintonizam, geralmente preparando novos eventos, alusivos às necessidades e problemas que lhes são peculiares nos domínios da reencarnação imprescindível. (3) O corpo mental, assinalado experimentalmente por diversos estudiosos, é o envoltório sutil da mente, e que, por agora, não podemos definir com mais amplitude de conceituação, além daquela com que tem sido apresentado pelos pesquisadores encarnados, e isto por falta de terminologia adequada no dicionário terrestre.

(Nota do Autor Espiritual) Livro: Evolução em Dois Mundos