26 de nov. de 2012

O Fim do Mundo 2012 - Palestra de Terezinha de Oliveira

O dia do Juízo Final sempre foi uma tentativa de terrorismo psicológico através do suposto fim do mundo. Nesse clima exploram-se, sem fundamento, as profecias relativas às transformações pelas quais a Terra e a Humanidade estão passando para ingressar em uma Nova Era. A moda agora é usar as profecias Maias (civilização da América Central que chegou a ser uma das mais dinâmicas sociedades do mundo e atingiu seu mais elevado estado de desenvolvimento entre 250 a 900 DC) tentando "cristianizá-las", mas cabe anotar que, quando tais profecias foram concebidas, aquele povo politeísta nem tinha ouvido falar de Jesus. Como o ano 2.000 já se foi, e não se pode mais explorar as falsas profecias da Bíblia -- uma delas: a mil chegarás, de dois mil não passarás -- agora surge uma nova onda que procura reativar o tema catastrófico, embora não haja citação alguma a respeito nem no Velho nem no Novo Testamento.

Therezinha de Oliveira, valorosa trabalhadora da Seara Bendita, é uma das mais ativas colaboradoras do Centro Espírita Allan Kardec (Campinas-SP) em particular, e do Movimento Espírita em geral. Oradora notável, já proferiu mais de duas mil palestras em todo o Brasil e até no exterior.


11 de nov. de 2012

Informativo: Novembro

“Estudo, disciplina, trabalho e
amor ao próximo”



INFORMATIVO



Boletim informativo do Grupo Espírita Caminho de Damasco – Ano XIV nº168, novembro de 2012.



Editorial

Aproveitamos este espaço para desculparmo-nos com os queridos leitores, pelos constantes contratempos que tem ocasionado alguns números de nosso informativo com pouca variedade de conteúdo (artigos). Como temos informado, dificuldades naturais do dia-a-dia de aprendizagens e superações, ocasionam escassez de tempo entre as atividades do cotidiano da vida pessoal e profissional, levando a situações que não correspondem aos nossos anseios de cada vez mais, melhorarmos a qualidade de nosso singelo trabalho.
Esperamos contar sempre com a compreensão e o auxílio de todos.
Que este número de nosso informativo lhes traga conhecimentos e alegrias.
Boa leitura e muita paz!

Espírito desencarnado não é santo!

Por Alamar Régis Carvalho
“O grande problema de uma doutrina são os equívocos praticados por alguns dos seus profitentes. A Doutrina Espírita também é vítima disto, pelo que fazem alguns espíritas que, apesar da boa vontade que estão investidos no movimento e até mesmo da honestidade de propósitos, não se dão muito ao trabalho de entender bem os postulados doutrinários, a base fundamental da doutrina, na sua essência, e terminam prejudicando o entendimento do Espiritismo.

É exatamente por causa desses conhecimentos apenas superficiais da doutrina que ainda há muita prática igrejeira em nosso movimento, com todos os ingredientes do espírito de igreja, com as proibições, as obrigações, as censuras, as rezações excessivas, os rituais, as perseguições e todas essas coisas.
Analisemos aqui a questão da concepção dos espíritos pelos espíritas. Antes que eu faça a minha abordagem, vale relermos “O Livro dos Espíritos”, em seu livro segundo, que fala do “Mundo Espírita ou dos Espíritos”, da natureza dos espíritos de um modo geral, da influência deles em nossas vidas, etc.
É muito comum ouvirmos pessoas dizerem:
- “Esta coisa tem que ser assim, porque o Espírito tal disse que tem que ser assim, no livro tal”.
- “A nossa instituição vai ter que trabalhar desta forma, porque o mentor da casa disse que tem que ser desta forma”.
- “Fulano está errado e não deve ser levado a sério, porque o espírito tal, no livro tal, coloca a coisa de uma maneira diferente”.
- “Isto não é Espiritismo!!!!”.
Expressões como estas são ouvidas a todo momento no meio espírita. Daí resultam aquilo que chamo de “Espiritismos à moda da casa”, quando vários dirigentes, em diversas localidades, fazem do Espiritismo o que bem entendem, embora laborando na doutrina com honestidade e dedicação.
A grande confusão que existe é a concepção dos Espíritos, quando muitos os vêem como verdadeiros santos, donos absolutos da verdade, conhecedores de todas as coisas, perfeitos e infalíveis como se fossem o próprio Deus.
É preciso que todos nós espíritas entendamos bem aquilo que a obra básica da doutrina nos ensina, que diz que os espíritos desencarnados são exatamente os espíritos dos homens que viveram encarnados na Terra.
Se uma pessoa não foi espírita, quando encarnada, não vira espírita imediatamente à sua desencarnação. Poderá, depois de algum tempo, aceitar as idéias espíritas; do mesmo jeito que poderia aceitá-las, como muitos passam a aceitar, quando estão encarnados. Mas poderá também não querer aceitar.
Se uma pessoa, enquanto encarnada, viveu advogado aqui, praticando a advocacia como sua vocação e profissão, depois que desencarna não terá tendência para ser “espírito de cura”, já que não teve qualquer afinidade com a medicina ou a enfermagem. Continuará gostando do direito, das leis, dos “data venia”, do “vamos fazer uma juntada aos autos do processo”, do “transitado e julgado” etc.
Se um espírito foi padre ou freira, quando encarnado, amante da sua venerável igreja católica, não vai deixar de amar a sua igreja, depois que morre, por mais que tome consciência da sua condição de desencarnado, entenda a possibilidade da comunicação mediúnica, passe a usar um médium para se comunicar, crie simpatia pelo Espiritismo e resolva até escrever livros, exercendo o seu amor pela educação, pelo ensinar e pela aplicação dos seus conhecimentos de um modo geral.
Só que tentará passar para as pessoas, mesmo espíritas, orientações conforme a sua cultura adquirida que, queiramos ou não, trás o ranço católico. É natural que não vá passar idéias inquisitoriais, recomendações a determinadas formalidades, rituais ou qualquer procedimento católico que ele não aceita, do mesmo jeito que nos dias atuais já conseguimos identificar padres que, mesmo encarnados, não aceitam determinados dogmas e procedimentos que a sua igreja impõe. Antigamente o padre que se atrevesse a pelo menos insinuar que não aceitava pelo menos um dogma da igreja, era queimado sumariamente. Hoje a coisa está mais livre.
Nós temos um problema muito sério, no movimento espírita, no campo da moralidade, por exemplo, problema esse que gera outros para as pessoas.
Geralmente os Espíritos que são mais conhecidos no movimento espírita, que escrevem livros, que enviam mensagens através dos mais famosos médiuns, são pessoas que desencarnaram nas décadas de dez, de vinte, de trinta... mais ou menos.
Raramente nos vemos um espírito escrever algum livro pelo Divaldo, por exemplo, ou por outro médium, que tenha desencarnado na década de setenta. Falo desses espíritos que são considerados modelos doutrinários pelo movimento... Acompanhem o meu raciocínio:
Uma pessoa que viveu até a década de vinte, por exemplo, tendo desencarnado com 70 anos, mais ou menos, certamente deve ter nascido por volta do ano de 1850. Que tipo de cultura ele adquiriu no período da sua vida como encarnado, acerca do que seria moral, da relação homem mulher, dos direitos do homem e dos direitos da mulher, etc, vivendo no período de 1850 a 1920?...”
“Discutia-se abertamente as questões sobre o sexo nas escolas? Nem pensar! Seria considerada a maior imoralidade.
Hoje o assunto é abordado, naturalmente, não apenas nas escolas, como também na televisão, onde até órgãos sexuais masculinos e femininos, em látex, são mostrados para crianças pegarem, vêem como funcionam, com câmeras mostrando em close, e ninguém mais se escandaliza com isto, a não ser mentes altamente poluídas e retrógradas que ainda existem nos dias atuais.
Mas o espírito em questão veria a coisa com essa naturalidade de hoje? Claro que não, veria como imoralidade conforme a cultura da sua época.
Mas aí há um outro questionamento que, de fato, tem fundamento:
Os espíritos, depois de desencarnados, continuam o curso das suas vidas normalmente, continuam os seus aprendizados, as suas buscas, pesquisas e aperfeiçoamento das suas idéias. Nem todos!
Aqui na Terra, algumas pessoas concluem as suas graduações, nos diversos cursos superiores, e param por aí. São muitos os médicos que se formam, entram numa das vertentes das especialidades e ficam acomodados naquele conhecimento, sem se preocuparem com Mestrado, Doutorado, Pós Graduação em geral, participação em Congressos, Seminários, assinaturas de revistas e periódicos, porém trabalhando honestamente, lidando com dedicação, amor e respeito aos seus pacientes, no entanto estacionaram os seus conhecimentos...”
Você vai encontrar, entre os espíritos, alguns que, embora desencarnados na década de 20, continuaram a acompanhar o processo evolutivo, inclusive do plano encarnado e falam como se estivessem vivendo aqui hoje.
Outro aspecto que deve ser considerado:
O fato de um espírito desencarnado entender que ele pode se comunicar com o mundo material através de um médium, possibilidade que vem sendo dita pelo Espiritismo há muito tempo, não quer dizer que ele aceite o Espiritismo, se não aceitava enquanto encarnado.
Tenho mais um exemplo a citar:
Com o médium José Medrado, trabalham vários espíritos, com destaque para aqueles que gostam de pintar quadros. Acontece que no meio deles, tem um que é padre e que não aceita o Espiritismo. Veja só que coisa mais interessante: Se o Medrado participar de algum evento de pintura mediúnica em alguma instituição espírita, esse espírito se recusa a comparecer e, obviamente, não pinta nada. Mas se o evento acontece em um clube ou qualquer lugar neutro, já que é comum o citado médium realizar esse tipo de trabalho em ambientes não espíritas, olha ele lá, já querendo lugar na fila.
Vá explicar uma coisa dessa.
Segundo relata Medrado, trata-se de um espírito dócil, bom e carinhoso, mas pensa desse jeito e exige que todo mundo respeite o seu modo de ser, o que é um direito que ele tem.
Deixa de ser bom por causa disto?
Se você quiser me qualificar como alguns dirigentes me qualificam, pela minha absoluta independência de pensamento, que qualifique, mas eu, sinceramente, não leio obra espírita nenhuma, seja do espírito que for, já com a idéia preconcebida de que tudo o que vou ler ali é a verdade absoluta, que não deve ser discutida e nem questionada...”
Para concluir é bom que todos entendamos que ninguém vira santo depois que desencarna, ninguém vira sábio, adquire todos os conhecimentos, fica dono de verdade absoluta e muito menos deve ser aceito em todos os seus conceitos e opiniões sem a devida análise o mais criteriosa possível”.




Para Obteres


Cala: para ouvires a voz divina.
Aceita: utilizando a compreensão.
Não desanimes: para não seres derrotado.
Ora: para que sejas ajudado.
Espera: até obteres resposta aos desejos justos.
Tem fé convicta: a fé remove montanhas à nossa frente.
Silencia e sofre: depurado e humilde, merecerás o prêmio a que aspiras. Aguarda o momento oportuno: nada ocoree fora da hora estipulada no relógio da eternidade, onde não há hoje nem amanhã.
Tem serenidade: embora rujam as tempestades de fora, não se turvem as águas em ti. No fundo do oceano, a calmaria é permanente, ainda que à superfície esbravejem os furacões.
Se assim agires, terás o que queres mais cedo do que pensas.
Se te agitares e revoltares, o prêmio será tirado e deixado para outra oportunidade.
Não interfiras nos desígnios de Deus, aguarda confiante a hora.
Sê discípulo do Cristo, sabendo carregar tua cruz, na renúncia de tua personalidade.
Carlos Torres Pastorino
Da obra: Sugestões Oportunas.

 

 

Física Quântica e Espiritismo: Um Alerta!

 

Alexandre Fontes da Fonseca
Apesar dos fenômenos ao nível quântico revelarem uma realidade muito diferente da que estamos habituados, carecemos ainda de maiores pesquisas antes de afirmar que a Física Quântica está confirmando os princípios espiritualistas.
“A Física Quântica tem sido considerada, no meio espírita, como em alguns grupos religiosos, como sendo aquela que vai confirmar a existência de Deus e do espírito. Nesta matéria, temos um ponto de vista mais cuidadoso do que é normalmente apresentado. De fato, os fenômenos ao nível quântico têm feito os cientistas se sentirem incomodados e perplexos já que eles mostram que na realidade os nossos cinco sentidos nos fazem crer numa verdade ilusória. Porém, isso não significa que a Física Quântica esteja admitindo a existência de “algo exterior” ou “além da matéria”, conforme proposto pelas doutrinas espiritualistas. O movimento espírita deve, portanto, ser cuidadoso ao divulgar idéias ligadas aos fenômenos espíritas e àquelas propostas pela Física...”
“Apesar das nobres intenções de nossos irmãos que divulgam essas idéias, elas podem trazer consequências negativas para o movimento espírita. Para entendermos melhor o enfoque do problema, citamos Kardec (ítem VII da Introdução de O Livro dos Espíritos[1]): “Na ausência de fatos, a dúvida é a opinião do homem prudente”. Esta é a principal razão pela qual se deve tomar cuidado na divulgação de idéias e teorias espíritas que utilizem conceitos das outras ciências. Como os paradoxos da Física Quântica ainda não foram resolvidos pelos cientistas, é prudente esperarmos pelo desenvolvimento das pesquisas nesta área, de modo que possamos, como espíritas, nos posicionarmos melhor perante elas. Pelo simples fato de que nem todos os resultados experimentais da teoria quântica foram totalmente explicados, não autoriza ninguém a afirmar, por exemplo, que Deus ou o espírito é que estão por trás desses fenômenos. Esta atitude é equivocada, não-científica e, o que é pior, expõe o Espiritismo a críticas desnecessárias, afastando as pessoas que trabalham no meio científico e que conhecem bem o assunto...”
“Comumente critica-se a comunidade científica por não se interessar pelas questões espiritualistas, no entanto, essa postura é bastante prudente. Imaginem se a Ciência desse crédito a toda teoria espiritualista que diz basear-se na Física Quântica para provar a existência de Deus, do espírito ou qualquer outro princípio. Uma pesquisa rápida na internet mostra que existem grupos e seitas religiosas que se utilizam da Física Quântica para darem respaldo aos mais variados assuntos. É importante saber que a comunidade científica prefere rejeitar tais idéias do que se arriscar com uma que seja completamente equivocada. Não foi isso que Kardec nos orientou com relação a novas questões? O espírito de Erasto nos orienta: “mais vale repelir 10 verdades que admitir uma só mentira, uma só teoria falsa”[4].
Por outro lado, esta afirmação não impede ao leitor de estudar e pesquisar seriamente tais fenômenos. Propostas teóricas serão sempre bem vindas. Porém, é preciso que o pesquisador entenda perfeitamente tanto as informações científicas quanto a Doutrina Espírita. É necessário que cada proposta teórica seja consistente tanto com os fenômenos materiais, quanto com os doutrinários aos quais se referem. Um ponto importantíssimo é que qualquer idéia ou sugestão não comprovadas científicamente deve ser divulgada e declarada como tal e não como uma certeza científica. Isto é importante, pois orienta os futuros leitores quanto ao atual status da pesquisa em determinados assuntos”.


"I" Até a próxima!

5 de nov. de 2012

Livro: Novamente Juntos



O que há por trás de encontros inusitados, de almas que de repente se encontram, se apaixonam e decidem compartilhar seus sonhos, alegrias e desventuras? Ana e Gustavo se conhecem no restaurante em que ela trabalha e, imediatamente, ele se apaixona e decide convidá-la para morar em sua chácara, iniciando assim uma nova fase na vida de ambos. Mas, às vezes, a vida prepara surpresas, e eis que surge do passado Gilberto, ex-companheiro de Ana, já falecido, que vem perturbá-los e impedi-los de ser felizes. Um romance que fala de encontros e desencontros, da afinidade e do afeto ressurgido entre duas criaturas que se reencontram para viver sua história de amor, agora ainda mais bela e intensa.
Vera Lucia Marinzeck Carvalho

Link para download:
http://bvespirita.com/Novamente%20Juntos%20(psicografia%20Vera%20Lúcia%20Marinzeck%20de%20Carvalho%20-%20espírito%20Antonio%20Carlos).pdf