25 de fev. de 2012

O REIKI explicado pelos Espíritos – Parte 1



O texto a seguir foi retirado do livro “O Reiki Segundo o Espiritismo” (3ª Edição) realizado pelo “Instituto de Animagogia” do “Centro Ecumênico de Cultura e Educação para a Paz” (SÃO CARLOS – 2007). Devido ao texto ser um pouco grande, dividimos em duas partes.



***



Este capítulo foi organizado a partir das respostas obtidas com a espiritualidade que atua na ONG ‘Círculo de São Francisco’, entre os anos de 2002 e 2005. Até onde sabemos, atuam na casa as seguintes correntes espirituais: os indígenas, os pretos-velhos, as crianças, as entidades médicas (muitas são mentores da chamada Associação Médico-Espírita), e três linhas de espíritos orientais – uma do extremo oriente, uma da Índia e outra representando, simbolicamente, os antigos povos Persas (segundo alguns videntes, estes espíritos utilizam a seguinte forma perispiritual: são negros, altos e usam um pequeno chapéu de forma ovalar e um manto colorido que desce dos ombros até os pés. Segundo uma entidade indígena, são espíritos que não encarnam mais na Terra e trazem os remédios e os instrumentos que necessitam diretamente do mundo espiritual, sem precisar manipular as formas etéricas dos elementos daqui).


Fomos orientados para procurar organizar as informações abaixo na forma de perguntas e respostas, o que facilita a compreensão do leitor. É o método adotado nos livros de Ramatís e de muitos outros autores espirituais, além do próprio ‘Livro dos Espíritos’, por Kardec.



Devemos lembrar que tais respostas, obtidas na ONG ‘Círculo de São Francisco’, foram também confirmadas pela espiritualidade que atua em outras casas espiritualistas, em várias partes do território brasileiro.

***



Pergunta 01 – O que é o REIKI?


Resposta – É mais um nome para o que podemos chamar, genericamente, de fluidoterapia. O REIKI, o passe espírita, a cura prânica, a cromoterapia mental (cromosofia) são formas diferentes de manipular a mesma energia. Apesar das mistificações e da mercantilização que envolvem sua difusão, é um trabalho energético e espiritual importante e, por isso mesmo, acompanhado de perto pela espiritualidade.




Pergunta 02 – Como se processa o envio de energia através do REIKI? Quais as diferenças em relação às outras técnicas apontadas acima?


Resposta – Através de um comando mental e do desenho de um símbolo gráfico, a bioenergia do terapeuta é encaminhada para o organismo energético de um enfermo, apesar de muitos acreditarem que estão “canalizando a energia cósmica”, sendo apenas um “canal”. Esse é um dos principais erros de interpretação no ensino do REIKI. Sem a bioenergia do encarnado não é possível realizar o tratamento dos pacientes que possuem merecimento para obterem a cura de suas enfermidades através dessa doação energética.


Na cura prânica, por exemplo, não se usa símbolos. Mas o terapeuta mentaliza a energia sendo produzida em um de seus chakras, de acordo com a variação eletromagnética que pretenda enviar. Por sua vez, na Cromoterapia Mental, o praticante deve se concentrar e mentalizar a cor da energia que ele pretende enviar ao enfermo. Porém, não importa a técnica adotada, o importante é se manter concentrado e com o pensamento elevado durante o processo de doação de energia, pois a cura, se for permitida, será realizada por Deus.



Pergunta 03 – Até hoje, de todas essas técnicas bionergéticas, a única que afirma que o terapeuta pode fumar, beber, enviar energia vendo TV etc., é o REIKI, afirmando seus divulgadores que a energia do terapeuta não interfere no processo, isso é verdade?




Resposta
– Como dissemos, o erro está em divulgar que o reikiano é apenas um “canal”. Em outras palavras, em afirmar que não é a energia do terapeuta disponibilizada no tratamento. Daí a ilusão de que se pode fumar, abusar do álcool etc., sem comprometer a saúde daquele que procura pelo auxilio. Na verdade, cada um recebe aquilo que merece. Deus é quem encaminha os pacientes certos para os atendentes certos. Aquele que merece ser curado será levado para aquele atendente que possui a energia necessária para aquela cura; aquele que precisa, como prova, ser intoxicado com energia deletéria, será levado ao atendente que será o instrumento daquela intoxicação.


Pergunta 04 – Os adeptos do REIKI afirmam que essa técnica é a única que não provoca cansaço no terapeuta, mas já constatamos vários reikianos e mestres de REIKI esgotados após a sessão ou iniciação de outros reikianos. Por que acontece isso?




Resposta
– Um outro erro que existe na difusão do REIKI é afirmar que o terapeuta não precisa se concentrar. Por isso, muitos enquanto aplicam o REIKI conversam sobre o jogo de futebol que aconteceu no final de semana, sobre o galã da novela etc. Quem não se concentra, não doa energia. E, obviamente, não se cansa.


Uma pessoa concentrada por vinte minutos emite uma quantidade similar e uma qualidade fluídica superior a de uma pessoa que fica por duas horas “enviando” energia sem se concentrar no que está fazendo, assistindo a TV ou jogando conversa fora com o paciente.


Pergunta 05 – Então basta se concentrar para doar uma energia de melhor qualidade?




Resposta
– Em termos. Além da concentração, é necessário buscar se aprimorar mental e moralmente, sobretudo através de sua própria reforma íntima. Aumentando seu padrão vibratório através da mudança de atitudes, amando incondicionalmente, abandonando pensamentos e sentimentos negativos. Quanto mais pureza de intenção, melhor a qualidade vibratória da energia que irá doar ao enfermo.


Voltamos a ressaltar que a energia doada no atendimento com o REIKI não é a energia cósmica, mas uma energia derivada dela: a energia vital ou “energia zôo” que só existe no encarnado. Portanto, para que seja uma energia de qualidade é preciso tomar certos cuidados que não é demais repetir: mudar nossos padrões de pensamento, atitudes e sentimentos; vencer os vícios como o fumo e o álcool e, gradativamente, substituir a alimentação carnívora pela vegetariana, além de abandonar práticas promíscuas e manter uma vida sexual regrada.


CONTINUA...

O REIKI explicado pelos Espíritos – Parte 2



CONTINUAÇÃO...

Pergunta 06 – É correto ver no REIKI uma profissão?


Resposta - O REIKI pode ser considerado um caminho seguro ou uma etapa inicial para todos que desejam se aprimorar espiritualmente, nosso verdadeiro objetivo aqui na Terra, utilizando-o para ajudar o próximo desinteressadamente. Não podemos dizer que seja errado encará-lo como profissão, mas, aqueles que assim agem, perdem a oportunidade de saldar seus compromissos do passado, recebendo hoje o que receberiam no mundo espiritual.


Pergunta 07 – Qual é a origem dos símbolos do REIKI?




Resposta
– O REIKI, como tantas outras práticas orientais, utiliza símbolos como catalisadores. Eles servem para facilitar e orientar a emissão de pensamento e, portanto, de energia. Os símbolos são como os objetos ritualísticos ou os pontos riscados utilizados em outras práticas espiritualistas. Porém, para que um tratamento com REIKI seja eficiente e sem contra-indicações, exige-se do praticante 10 % de conhecimento (símbolos e posições) e 90% de Amor e Vontade de servir. Não há problema em usar símbolos, mas o importante é colocar em prática os ensinamentos morais que acompanham cada um dos símbolos do REIKI.


Na Antigüidade oriental, os livros eram escritos em folhas de palma. Os antigos yogues e outros mestres orientais utilizavam, então, um recurso mnemotécnico para transmitir os seus ensinamentos. Daí o surgimento dos símbolos ou yantras, em sânscrito. Estes, juntamente com alguns rituais, ajudavam a fomentar a devoção e a infundir a sabedoria espiritual nos discípulos. Estes desenhos eram simples instrumentos para que os discípulos tivessem condições de recordar e recapitular toda a sabedoria espiritual apreendida. Em suma, eles funcionavam como notas de aula.



Assim, cada um dos símbolos do REIKI está relacionado a um aprendizado espiritual que se sustenta sobre um tripé: Amor, Pensamento e Ação. Cada um dos símbolos nos apresenta um ensinamento moral que, ao ser praticado, expande o respectivo chakra ao qual está associado.


Pergunta 08 – Então o símbolo faz parte de um ritual desnecessário?


Resposta - Qualquer ritual, independente dos objetos utilizados ou formas, é sempre acompanhado pela ação mental, seja através de preces ou de mentalizações do praticante, pois é ela que aglutinará o prâna, a energia necessária para que se alcance o objetivo desejado. Não estamos criticando o uso do símbolo, apenas esclarecendo que é o poder mental e não o desenho que manipulará a energia do praticante. Mas é preciso ter em mente que não é preciso saber os símbolos ou ser “sintonizado” por um mestre para você enviar bons fluidos, basta ser uma pessoa de puros pensamentos e desejar beneficiar, desinteressadamente, o próximo. A vontade é o que produz a emissão de fluidos e não os símbolos. Estes favorecem a imaginação do terapeuta/magnetizador, aumentando sua crença e capacidade de concentração. Não podemos nos esquecer que o dínamo ou o manipulador de toda energia curativa é a nossa mente.


Pergunta 09 – E como a mente ou o pensamento faz a energia se movimentar?




Resposta
– Como salientamos, o veículo necessário para a manipulação energética é o pensamento. Para falar sobre este assunto precisamos, mesmo que rudimentarmente, falar um pouco sobre o Perispírito, também conhecido como Corpo Astral pelos teosofistas. Este corpo energético é o responsável pela expressão dos desejos e da consciência (ego).



Através do Corpo Astral é possível expressar nossas paixões, sentimentos, desejos e emoções. Ele serve de intermediário entre o Corpo Mental (ou apenas mente) e o Corpo Físico. Em suma, trata-se de um veículo de consciência e de ação responsável pela transmissão de vibrações, tanto do plano físico para o mental ou vice-versa. Em outras palavras, como o Corpo Físico se limita a colher no mundo exterior as vibrações daí provenientes, estas, ao chegar ao Corpo Astral, são transformadas em sentimentos como amor, ódio, prazer, dor, alegria etc.


E nossos sentimentos imprimem sobre a matéria astral determinadas cores, variando conforme a intensidade do sentimento. Daí o fato da Cromoterapia ser uma técnica importante e que deveria ser conhecida por todos os interessados em cura. E a cor, a forma, a nitidez e a duração do fluxo energético são determinadas pela qualidade do pensamento e do sentimento amoroso manifestos na intenção e na vontade de ajudar o próximo.



Porém, devemos sempre ressaltar que o pensamento dinâmico pode criar energia positiva ou negativa. O que vocês chamam de “macumba” é o uso dos pensamentos, motivado por sentimentos negativos, para prejudicar o outro. Por isso, ressaltamos que não basta traçar corretamente o símbolo se o praticante passa toda a sessão emitindo pensamentos negativos. Além disso, pela Lei do Carma, toda e qualquer emissão de pensamento, quer positivo ou negativo, terá um efeito sobre aquele que o manifestou.


Pergunta 10 - A energia emitida durante o REIKI é a mesma energia estudada e classificada como “força ódica”, por Reinchenbach, ou “energia bioplásmica” ou “psicotrônica”, segundo vários cientistas da antiga União Soviética e da Tchescolováquia?


Resposta - Sim. E, desde a Antigüidade, sabe-se que essa energia pode ser transferida de indivíduo para indivíduo, pela imposição das mãos ou à distância, através da vontade, da oração sincera e pura ou do pensamento elevado. Através da vontade sincera é possível emitir uma ou outra qualidade de prâna, de acordo com a finalidade a que nos propomos.


Por ser a mesma energia, podemos dizer que uma pessoa que não saiba os símbolos ou não foi “sintonizada” por um “mestre” pode ser capaz de enviar fluidos balsâmicos para um enfermo se for uma pessoa de puros pensamentos e desejar beneficiar, desinteressadamente, o próximo, sem precisar pagar por isso. Como é a vontade e o pensamento que produzem a emissão de fluidos e não os símbolos, ser um reikiano, com certificados ou linhagens, não garante a qualidade das vibrações emitidas.



O simples ato mecânico de traçar um determinado símbolo não é suficiente se faltar a vontade e o desejo de enviar bons fluidos para algum enfermo. Por mais redundante que possa parecer, o papel do símbolo está em sua dimensão simbólica, ou seja, em representar um ensinamento de cunho moral capaz de elevar o padrão vibratório de cada praticante. Esse talvez seja o ensinamento mais importante desse livro, esquecido ou ignorado por muitos “mestres” de REIKI.


Texto retirado do livro “O Reiki Segundo o Espiritismo” (3ª Edição) realizado pelo “Instituto de Animagogia” do “Centro Ecumênico de Cultura e Educação para a Paz” (SÃO CARLOS – 2007).

A Cura Própria.



“Pregando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades” (MATEUS, 9:35.)


Cura a catarata e a conjuntivite, mas corrige a visão espiritual de teus olhos.

Defende-te contra a surdez; entretanto retifica o teu modo de registrar as vozes e solicitações variadas que te procuram.

Medica a arritmia e a dispnéia; contudo não entregues o coração á impulsividade arrasadora.

Combate a neurastenia e o esgotamento; no entanto cuida de reajustar as emoções e tendências.

Persegue a gastralgia, mas educa teus apetites à mesa.

Melhora as condições do sangue; todavia não o sobrecarregues com os resíduos de prazeres inferiores.

Guerreia a hepatite; entretanto livra o fígado dos excessos em que te comprazes.

Remove os perigos da uremia; contudo não sufoques os rins com venenos de taças brilhantes.

Desloca o reumatismo dos membros, reparando, porém, o que fazes com teus pés, braços e mãos.

Sana os desacertos cerebrais que te ameaçam; todavia aprende a guardar a mente no idealismo superior e nos atos nobres.

Consagra-te á própria cura, mas não esqueças a pregação do reino divino aos teus órgãos. eles são vivos e educáveis.

Sem que teu pensamento se purifique e sem que a tua vontade comande o barco do organismo para o bem, a intervenção dos remédios humanos não passará de medida em trânsito para a inutilidade.


Emmanuel
Livro: ‘Segue-me’
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Terapêutica Magnética.



Mesmer, fundador da doutrina a que deu o seu nome, apoiando-se nas idéias de Descartes e de Newton, admitia como princípio uma corrente universal que tudo penetra e abraça num movimento alternativo e perpétuo, assemelhando-se ao fluxo e refluxo do mar.


É a esse movimento alternativo universal que ele atribuía a formação dos corpos, as influências astrais, e a influência mútua que todos os corpos da natureza exercem uns
sobre os outros.


É este o seu ponto de partida: tudo é simples, tudo é uniforme, tudo se mantém, a natureza produz os seus maiores efeitos com a menor despesa possível; ela junta unidade a unidade; só há uma vida, uma saúde, uma moléstia, e por conseguinte um remédio.


O homem se acha em estado de saúde quando todas as partes de que se compõe têm a faculdade de exercer as funções a que são destinadas: se em todas as funções reinar uma ordem perfeita, há harmonia.


A moléstia é o estado oposto, isto é, aquele em que a harmonia está perturbada. Como a harmonia é uma, só há uma saúde. A saúde pode ser representada pela linha reta. A moléstia seria então a aberração desta linha, aberração que pode ser mais ou menos considerável.


O remédio é o meio que restabelece a harmonia, quando ela se acha perturbada.


Existe um princípio que constitui e entretém a harmonia, e este princípio é precisamente o que o homem recebeu em partilha, desde sua origem, do movimento universal em que se acha encravado; este princípio é que determinou a formação e o desenvolvimento dos órgãos, e é ele que presidirá à sua conservação e reparação.


Originado do movimento universal, a cujas leis obedece, influencia diversamente os organismos, penetra-os e, regulando o jogo de seus elementos constitutivos (as vísceras), aparece como o verdadeiro princípio da vida.


Sob o impulso deste princípio ativo, formam-se correntes que seguem a continuidade dos corpos até as partes salientes pelas quais se escapam.



Estas correntes aumentam de velocidade e de potência quando estão retardadas ou apertadas em um ponto.


Polarizam-se, quando abandonam o circo.


Propagam-se à distância, quer pela continuidade dos sólidos, quer por intermédio dos meios ar, água ou éter.


Podem concentrar-se e reunir-se como em reservatórios, para se dispersarem depois.


Tudo que é suscetível de acelerar as correntes, produz um aumento das propriedades dos corpos.


Se estivesse em nosso poder acelerar as correntes universais, poderíamos, aumentando a energia da natureza, estender à vontade, em todos os corpos, as suas propriedades ou restabelecer as que um acidente tivesse enfraquecido.


Mas, se a nossa ação sobre as próprias forças da vida universal é limitada, podemos, pelo menos, exercer nosso poder sobre as partes constitutivas deste grande todo, e este poder é tanto mais ativo, quando houver entre essas partes e nós relações de analogia.


Assim, de todos os corpos, aquele que pode agir com maior eficácia sobre o homem é o seu semelhante.


Esta potência de ação reside na faculdade de uma emissão radiante, que todo o homem possui em diversos graus, e que pode regular ou estender à vontade pelo exercício, de maneira a pôr em ação, de perto ou de longe, os corpos inertes ou vivos.


Este fenômeno de emissão radiante é um fato adquirido desde muito tempo pela ciência: Faraday e Crookes deram a um estado particular da matéria o nome de matéria radiante.


Em física admitem-se as radiações caloríficas, químicas, elétricas e luminosas; há igualmente radiações magnéticas ou nêuricas.


Exercer em toda a sua plenitude a faculdade natural que o homem possui de emitir radiações magnéticas, é o que se chama magnetizar.



O mesmerismo repousa em uma hipótese que atribui à vontade a faculdade de expelir, para além da periferia do corpo, o influxo nervoso que ela desenvolve nos nervos do movimento, e de dirigir esta força através do espaço sobre os seres vivos que ela se propõe a afetar. Alguns dos efeitos mesméricos nos parecem justificar esta suposição de uma maneira absoluta. (Dr. Durand de Gros)



Retirado do livro ‘Magnetismo Curador’ - Alphonse Bué

Oração e Cura.




Recorres à oração, junto desse ou daquele enfermo, e sofres, quando a restauração parece tardia.


Entretanto, reflete na Lei Divina a que todos, obrigatoriamente, nos entrosamos.


Isso não quer dizer devamos ignorar o martírio silencioso dos companheiros em calamidade do campo físico.


Para tanto, seria preciso não haver sentimento.



Sabemos, sim, quanto dói seguir, noite a noite, a provação dos familiares, em moléstias Irreversíveis; conhecemos, de perto, a angústia dos pais que recolhem no coração o suplício dos filhinhos torturados no berço; partilhamos a dor dos que gemem nos hospitais como sentenciados à pena última, e assinalamos o tormento recôndito dos que fitam, inquietos, em doentes amados, os olhos que se embaciam...


Observa, porém, o quadro escuro das transgressões humanas que nos rodeiam.


Pensa nos crimes perfeitos que injuriam a Terra; na insubmissão dos que se rendem às sugestões do suicídio, prejudicando os planos da Eterna Sabedoria e criando aflitivas expiações para si mesmos; nos processos inconfessáveis dos que usam a inteligência para agravar as necessidades dos semelhantes e na ingratidão dos que convertem o próprio lar em reduto do desespero e da morte...


Medita nos torvos compromissos dos que se acumpliciam agora com os domínios do mal, e perceberás que a enfermidade é quase sempre o bem exprimindo reajuste, sustando-nos a queda em delitos maiores.



Organizemos, assim, o socorro da oração, junto de todos os que padecem no corpo dilacerado, mas, se a cura demora, jamais nos aflijamos.


Seja o leito de linho, de seda, palha ou pedra, a dor é sempre a mesma e a prece, em toda parte, é bênção, reconforto, amparo, luz e vida.


Lembremo-nos, no entanto, de que lesões e chagas, frustrações e defeitos, em nossa forma externa, são remédios da alma que nós mesmos pedimos à farmácia de Deus.



Emmanuel
- Na obra: ‘Seara dos Médiuns’ - Francisco Cândido Xavier

A Força da Prece.



Estudo brasileiro mostra que o corpo reage a preces. (1)




A espiritualidade exerce ação efetiva sobre o corpo humano?


Cientistas do mundo inteiro vêm realizando estudos na tentativa de esclarecer essa questão.



No que depender da primeira pesquisa brasileira nessa área, a resposta é sim.


Segundo um estudo da UnB (Universidade de Brasília), um dos principais mecanismos de defesa do organismo - a fagocitose - pode ter a função estabilizada com preces feitas à distância.


O estudo foi realizado com 52 voluntários, todos estudantes de medicina da UnB. A cada semana, uma dupla fornecia amostras de sangue e respondia a um questionário sobre estresse.


(...) Encaminhava-se uma foto do voluntário, identificada apenas pelo nome, a um grupo de dez religiosos de diferentes credos, que, por uma semana, faziam preces para aquela pessoa.


Coordenada pelo professor de imunologia Carlos Eduardo Tosta, a pesquisa demorou três anos para ser concluída. “Eu e minha equipe ficamos surpresos porque, embora no fundo quiséssemos que houvesse influência [das orações], achávamos que a maior probabilidade seria a de não acontecer nada”, diz o médico.


Ana Paula de Oliveira - da Folha de São Paulo, 09.07.2004.


* * *



Como vemos e constata também Joanna de Ângelis, lentamente, mesmo sem dar-se conta, os cientistas se tornam sacerdotes do Espírito e avançam corajosamente ao encontro de Deus e de Suas Leis, que vigem em toda parte. (2)


Gradativamente, a ciência vai comprovando fatos que a Doutrina Espírita já tem demonstrado. Na experiência aqui relatada identificamos vários eventos importantes: a força do pensamento, a ação dos fluidos e o valor da prece intercessória.


Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A prece que façamos por outrem é um ato dessa vontade. (6)


Diz-nos o Espírito Emmanuel que O homem custa a crer na influenciação das ondas invisíveis do pensamento, contudo, o espaço que o cerca está cheio de sons que os seus ouvidos materiais não registram (...) (7). E ainda esclarece: a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o pensamento é força eletromagnética” (8).


É através dessa força que emulamos nossas orações e também direcionamos nossas vibrações benéficas em favor de outras pessoas, pois a oração é a emanação do pensamento bem direcionado e rico de conteúdos vibratórios (3).


Vale a pena considerar a elucidação do Espírito André Luiz ao referir-se aos passes, que podem também ser transmitidos à distância, através das vibrações que são doadas e veiculadas pela ação da prece: Pelo passe magnético, no entanto, notadamente naquele que se baseie no divino manancial da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem para que essa vontade novamente ajustada à confiança magnetize naturalmente os milhões de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o Estado Orgânico, nessa ou naquela contingência, se recomponha para o equilíbrio indispensável. (9)


André Luiz esclarece-nos ainda que reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares do Estado Orgânico – particularmente as sanguíneas e as histiocitárias, determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção dos processos patogênicos (...). (9)


Verificamos que, na experiência da UnB, os voluntários comportaram-se como agentes passivos do experimento e, apesar disso, foram beneficiados pela ação das preces, no que se refere à estabilização das funções da fagocitose. Observou-se também, segundo os questionários que foram respondidos, que o nível de estresse dos estudantes destinatários das preces não mudou.


Pode-se concluir com isso que, se os voluntários tivessem consciência do processo e participassem dele ativamente, construindo as antenas receptoras para as energias balsâmicas, no recesso do ser (4) - seguramente os resultados seriam ainda mais proveitosos. O mesmo aconteceria nos casos de aplicação direta de bioenergia (passes).


Comprova, ainda, a impropriedade de se criar grupos de intercessão para atender preces solicitadas, pois isso induz os necessitados à desistência do esforço pessoal, com prejuízo da responsabilidade e dos deveres que cumpre a todos realizar em benefício próprio. Jesus recomendou que orássemos uns pelos outros, num convite à solidariedade fraternal, (ele assim o fez) a fim de que nos ajudemos através das ondas mentais da comunhão com Deus, (5) sem que isso significasse a instituição de profissionalismo religioso.


Só nos resta concitar a que os estudiosos e investigadores continuem a produzir experiências que tragam cada vez mais luzes ao conhecimento humano, pois são eles os missionários da fé vibrante dos tempos passados, que retornam com o escalpelo da ciência para confirmar a predestinação do ser à glória imortal. (2)


Bibliografia:


1 - Folha on-line_Folha de São Paulo, Jornal. Estudo Brasileiro mostra que corpo reage a prece. 08 de julho 2004, 07:36h.

2 - FRANCO, Divaldo Pereira. Desenvolvimento Científico. In:___. Dias Gloriosos, 1ª. ed. Salvador: LEAL, 1999. p. 12 e 20.

3 - ______ - Pedir e Conseguir. In:__ Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, 1ª ed, Salvador: LEAL, 2000. p. 220.

4 - ______ - Orações Encomendadas. In:__ Messe de Amor, 7ª ed., Salvador: LEAL, 1964, p 155.

5 - ______ - Orações Solicitadas. In:__Desperte e Seja Feliz, 4ª ed. Salvador:LEAL, 1998. p.160.

6 - KARDEC, Allan. A Prece, Questão 662. In: ___O Livro dos Espíritos, 83ª.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p. 320.

7 - XAVIER, Francisco Cândido. Intercessão.In: ___Pão Nosso, 5ª.ed. Rio de Janeiro:FEB, 1977. p.45.

8 - ______ - Vontade. In:___Pensamento e Vida, 9ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. p.16.

9 - ______ - Passe magnético. In: Evolução em Dois Mundos, 16ª ed. Rio de Janeiro :FEB, 1998, p. 200 e 201.


Retirado do site Centro Espírita Fraternidade e Amor



A Prece como Terapia.




Os batimentos do seu coração podem alterar as ondas cerebrais de uma pessoa que esteja próxima, estabelecendo uma sincronicidade entre o seu coração e o cérebro do outro, determinando uma sintonia entre emoções e pensamentos
.





Durante muito tempo a ciência concentrou-se na importância do cérebro como fonte do pensamento e coordenador de todos os reflexos nervosos, e ao coração foi dada uma função secundária. Recentes trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Pesquisa do Heart Math, no Colorado, nos Estados Unidos, descobriram que os batimentos cardíacos de uma pessoa são capazes de determinar as ondas cerebrais de outra, ou seja, que o coração pode comandar o cérebro. Esses resultados foram obtidos através de eletrocardiogramas e eletroencefalogramas, medindo as mudanças que ocorriam nas ondas cerebrais, de acordo com os estímulos que eram emitidos, de amor, de ódio, frustração, ansiedade etc.




A psicóloga clínica Júlia Kiskos, formada pela USP, que tem participado de diversos congressos nos Estados Unidos e Europa sobre Ciências e Consciência e Medicina comportamental, revela-nos os resultados de recentes pesquisas científicas sobre mediunidade e cura à distância, desenvolvidas nos Estados Unidos.




Durante cerca de dez anos, participou dos trabalhos do Dr. Hernani Guimarães Andrade, na investigação de poltergeist, reencarnação e estados alterados de consciência. Atualmente faz parte do grupo Noel, onde desenvolve, junto à médium Martha Gallego Tomás, trabalhos de cura.





P -Você percebe uma diferença de concepção entre os estudiosos americanos e brasileiros, em relação a cura e mediunidade?




R - Eles não discutem se o passe funciona ou não; querem saber como funciona. Eles já ultrapassaram a questão da dúvida; não agem movidos pela paixão; não estão preocupados com o dono do fenômeno. Reconhecem que o fenômeno existe e resolvem investigá-lo. Além disso, eles possuem uma grande dotação de verbas que permite desenvolver as pesquisas.




Desde 1992, quando o Ministério Americano de Saúde reconheceu o Departamento de Medicina Alternativa, eles vêm estudando as práticas alternativas, entre eles a cura espiritual. Então você tem condições de apresentar o seu projeto, expor a sua metodologia e tem dois anos para mostrar resultados.




P - Existe um rigor científico muito grande ou há uma maior abertura em relação às investigações?




R - O rigor é absoluto, mas eles querem investigar e vão atrás.




Existem diversas pesquisas sobre a atuação da mente sobre a matéria, que eles chamam de influência da consciência. Por exemplo, em 93 foi desenvolvida uma pesquisa pelo exército americano. Eles recolheram o DNA da saliva de uma pessoa. Essa pessoa foi colocada numa outra ala do laboratório e era estimulada positiva e negativamente. Sempre que ela tinha pensamentos negativos ou depressivos, respondendo aos estímulos recebidos, o DNA, sincronicamente também se retorcia. Os resultados mostraram que o material coletado, mesmo à distância, ainda respondia ao estímulo do seu dono. E o DNA voltava à sua forma normal, quando a pessoa, que estava passando pelo teste, tinha pensamentos positivos. Isso vem confirmar uma teoria já muito debatida, sobre a memória das células. No momento em que você pensa uma coisa, seu corpo está reagindo; isto é sincrônico.




Outra pesquisa desenvolvida no Japão, em 94, com monges budistas e cristais de gelo, é muito interessante. Os cristais de gelo têm um formato maravilhoso. Os monges começaram a vibrar pensamentos de desarmonia, a envolvê-los em vibrações de poluição e, mesmo congelados, os cristais se distorceram, perdendo sua forma natural. Quando foram emitidas vibrações de beleza, harmonia eles voltavam ao formato original.




Outro experimento, também no Japão, é o de uma lagoa comprovadamente poluída. Um grupo de monges, diariamente, mentalizavam a água limpa, transparente, como fonte de vida e de energia. Foi feita a análise da água e ela tinha se despoluído.




P - Então, o mundo em que vivemos é o reflexo dos nossos pensamentos e dos nossos desejos?




R - Nós estamos em conexão direta. Eles chegaram à conclusão de que a consciência de forma, como nós a temos, tem todas as propriedades de um campo quântico. Os pesquisadores de ponta já ultrapassaram o paradigma mente/cérebro porque hoje se fala em energia espiritual. Como é que a consciência imaterial pode atuar sobre algo material como o DNA ou o cristal de gelo? Hoje em dia têm-se inúmeras teorias buscando entender como é que funciona a questão da consciência. Já existe um consenso de que a mente não é local. A mente não é o cérebro, nem fruto do cérebro. Ela não está localizada em parte alguma do seu corpo. Ela age sincronicamente em qualquer evento, no exato instante em que você mentaliza alguém. Ela não obedece às leis do tempo/espaço, causalidade e determinismo da física tradicional. Ela tem propriedades quânticas.



P - Que propriedades são essas?




R - O nosso equipamento físico está planejado para três dimensões: altura, largura e profundidade. Einstein, na sua teoria de relatividade, acrescentou a quarta dimensão. Mas acontece que essas partículas atômicas funcionam em “n”dimensões e espaços. E é como se busca verificar hoje, em quantas modalidades de outros espaços essa consciência pode funcionar.




P - Como se põe a consciência a serviço da cura, da recuperação, do combate às doenças?




R - Aqui está a diferença básica entre nós e os pesquisadores americanos. No Brasil, nós não precisamos de provas. Nós temos o conhecimento empírico, desenvolvido em muitos anos de experiência, e nós sabemos que funciona.




P - E nós temos a fé...




R - A gente acredita porque vê os resultados. Eles querem saber como funciona.




O primeiro experimento, iniciado em 87, foi feito no Hospital Geral de São Francisco na Unidade Coronariana, com 400 pacientes, pelo Dr. Randolph Byrd.




À medida que os pacientes foram entrando, eles selecionaram 200 nomes. Só que nem os pacientes, nem os enfermeiros, nem os médicos sabiam da experiência.




Duzentos nomes foram enviados para diversos locais de diversas procedências religiosas, protestantes, católicos, budistas, para que orassem por eles.




Estatisticamente, eles obtiveram um resultado muito positivo: alta mais rápida, menor intercorrência, melhor recuperação do que os duzentos pacientes que não receberam orações.




Nos últimos três anos, existem mais de 204 trabalhos publicados em jornais médicos americanos sobre a atuação da prece à distância ou sobre a influência mental à distância. Existem experiências feitas com aidéticos, alcoólatras, pessoas com depressão, câncer, em grandes hospitais americanos. Através dos resultados, eles perceberam que “algo” tinha alterado o comportamento da mostra selecionada. O que é, e como funciona, eles querem descobrir. Eles estão chamando de cura espiritual.




P - Não se trata mais só do poder da mente ou da consciência, há um novo aliado que é o componente espiritual, o sentimento amoroso que envolve a oração?




R - Nas pesquisas, investiga-se, afinal, para quem estão rezando as pessoas: para Jesus, para Jeová, para Maomé ou Buda. Descobriram que basta que as pessoas se liguem a um poder maior, um poder cósmico, não importa o nome que ele tenha. Os americanos chamam de sentimento espiritual, no sentido de transcendência, de ligação com o mais alto.




P - Como a oração tem sido aplicada nas sessões de tratamento à distância, aqui no Brasil?




R - Tem-se notado em algumas pesquisas que, quando você não direciona a prece para o efeito que você quer, você obtém resultados melhores. Por exemplo, se tem uma pessoa com câncer terminal, e muitas vezes, ela nem sabe que está sendo tratada. Seria bobagem estar vitalizando os órgãos. O que se tem de fazer é enviar vibrações analgésicas para que ela dependa menos dos remédios, para que, na passagem para o outro lado, seu perispírito seja menos impregnado com medicamentos, e abrindo o campo dela, clareando para que os mentores possam se aproximar, para que ela tenha uma passagem melhor. Há que ser ter um certo discernimento quando se faz um trabalho à distância. Não se pede o que se gostaria de obter, mas o que é melhor para aquela criatura.




P - Tem diferença entre a qualidade e a quantidade de pessoas que estão vibrando?




R - A eficácia não está na quantidade, mas na qualidade. Não adiante ter dez, doze pessoas, sendo que quatro estão desconectadas, ou vieram de má vontade. Melhor lidar com poucas pessoas, desde que estejam profundamente conscientes do que estão fazendo. Mas se você tem um grupo que está perfeitamente sintonizado, melhor ainda, porque os benfeitores, quando não utilizam toda aquela energia para aquelas pessoas que você focalizou, guardam aquela energia e podem redistribuí-la pra outras pessoas necessitadas.




P - E que resultados têm sido obtidos nos grupos de cura à distância?




R - No grupo Noel, nós temos casos de câncer tumores, cirurgias marcadas, casos de gravidez de risco, recém-nascidos com problemas congênitos, tudo o que você possa imaginar de doenças físicas é encaminhado para esse trabalho. Como este tipo de tratamento não exclui o acompanhamento médico depois da cura, quando encaminhados a um médico, ele pode justificar como remissão espontânea, erro de diagnóstico, auto-sugestão. Os americanos vêem os resultados e acreditam na cura, mas não sabem como nós conseguimos esses resultados. Então, nós temos o conhecimento empírico, mas não temos a verba para as pesquisas. Eles estão procurando demonstrar como a coisa funciona, embora não tenham o conhecimento espiritual ou mediúnico que nós temos.





Reportagem de Míriam Portela - Folha Espírita

Retirado do site Centro Espírita Fraternidade e Amor

Cura pela imposição das mãos – Comprovações científicas.





    Há milhares de anos, a cura por imposição das mãos vem sendo praticada em todo o planeta.


    Na Igreja Católica, desde a Igreja primitiva até os dias de hoje e especialmente regulamentado no Concílio de Trento, o ato de imposição das mãos permanece sendo utilizado nas ordenações.


    Também é uma das ações comuns quando se reza pelas pessoas pedindo a Deus por curas, bênçãos e libertações. Este ato é muito utilizado nas igrejas cristãs, em especial, entre os carismáticos e os evangélicos nas suas orações de intercessão.


    A imposição de mãos é um gesto sacramental, referido no Novo Testamento da Bíblia pelo qual, os apóstolos de Cristo ministravam curas e ordenavam os fiéis como os novos missionários, diáconos, presbíteros, pastores e bispos.


    As Igrejas Cristãs têm uma longa tradição em adotar práticas que estimulam o crescimento espiritual de seus membros baseadas nas ações de Jesus descritas na Bíblia e uma delas é a prática da imposição de mãos.


    O escritor Estrich (2007), ao citar o pesquisador Franz Mesmer, revela que no final do século XVIII ele levantou a hipótese de que durante a imposição das mãos havia um intercâmbio de energia vital sutil de natureza magnética entre curador e paciente.


    Ainda segundo o autor, há relatos que a Dra. Justa Smith(1) também comprovou experimentalmente que os campos magnéticos produzem efeitos qualitativamente semelhantes aos das energias curativas, visto que os dois tipos de energia podiam acelerar a atividade das enzimas em solução.


    Embora a Dra. Smith verificasse que diferentes enzimas eram afetadas de forma distinta pelas energias curativas, a alteração na atividade enzimática sempre se fazia no sentido de melhorar a saúde celular. A Dra. Smith descobriu ainda, que os curadores também podiam restaurar enzimas danificadas.


    Isso demonstra o princípio de que as energias curativas são de natureza entrópica negativa, isto é, elas fazem com que os sistemas se tornem mais ordenados.


    Pesquisas adicionais com diferentes curadores mostraram que as energias curativas podiam produzir outros efeitos entrópicos negativos em sistemas químicos não-vivos.


    Em seus experimentos a Dra. Smith usou detectores magnéticos de grande sensibilidade para medir campos magnéticos emitidos pelos curadores, embora nenhum jamais chegasse a ser detectado.


    Em estudos mais recentes, utilizando detectores magnéticos ultra-sensíveis, constatou a ocorrência de aumentos, pequenos, porém mensuráveis, no campo magnético emitido pelas mãos do curador durante o processo de cura.


    Assim, embora as energias curativas produzidas pela imposição das mãos sejam realmente de natureza magnética, e alguns de seus efeitos sobre os sistemas biológicos assemelhem-se qualitativamente àqueles causados por campos magnéticos de alta intensidade, elas são extremamente difíceis de detectar com os aparelhos de mensuração convencionais.


    As pesquisas da Dra. Dolores Kriger(2) demonstraram que as energias dos curadores podiam aumentar os níveis de hemoglobina nos pacientes, um fenômeno semelhante ao aumento no conteúdo de clorofila em plantas tratadas por um curador.


    Esse foi um dos primeiros parâmetros utilizados para efetuar mensurações bioquímicas quantitativas em seres humanos com o propósito de detectar os efeitos das energias curativas.


    A Dra. Kriger avançou em suas pesquisas e demonstrou que as pessoas podiam aprender a efetuar curas. Suas enfermeiras-curadoras conseguiam produzir elevações nos níveis de hemoglobina dos pacientes semelhantes àquelas produzidas por pessoas naturalmente dotadas do dom de curar, demonstrando que a capacidade de realizar curas é um potencial humano inato e pode ser aprendido.


    Já os experimentos do Dr. Miller(3) realizados com alguns curadores, mostraram que as energias curativas podiam afetar sistemas vivos e não-vivos a uma distância de mais de 559,23 milhas, o que corresponde aproximadamente 900 Km.


    As diversas espécies de energias curativas estão associadas a uma variedade de fenômenos. A cura por imposição das mãos poderia ser descrita de forma mais precisa como cura magnética. Ela é realizada com as mãos do curador bem próximas do paciente e seus efeitos tendem a se manifestar principalmente nos níveis físico-etérico de reequilíbrio. De modo oposto, a cura espiritual atua não apenas nos níveis físico e etérico como também contribui para o reequilíbrio dos níveis das funções energética, astral, mental e de outros níveis superiores. Além do mais, a cura espiritual pode ser realizada tanto na presença do paciente como também com o paciente e o curador separados por grandes distâncias.


    A energia, na forma de um campo magnético invisível, passa através do sangue, ossos e tecidos, tão facilmente quanto à energia da luz passa através de uma chapa de vidro. Deste modo, pode-se concluir que nós não somos tão somente um corpo físico com um espírito. Mas sim, prioritariamente somos um espírito que se utiliza da matéria.


    (1) Drª Justa Smith - Freira franciscana, bioquímica e enzimologista.

    (2) Drª Dolores Krieger - Doutora em Filosofia. Professora de Enfermagem na Universidade de Nova Iorque – EUA.

    (3) Dr. Robert Miller – Químico.



    Edição de texto retirado do blog O Espiritismo e a Cura pela Imposição das Mãos

    Toque Terapêutico.





    A troca de energia através das mãos tem sua eficácia divulgada em várias correntes filosóficas e nos últimos 40 anos a ciência traz pesquisas da aplicação e benefícios da mesma na área da saúde.



    O Toque Terapêutico é uma técnica contemporânea de terapia complementar desenvolvida por Dolores Krieger e Dora Kunz, na década de 70. A expressão “toque terapêutico” corresponde à conhecida técnica de “imposição de mãos”, amplamente estudada pela Doutrina Espírita como fator promotor de benefícios na área da saúde. Por ser um meio não-invasivo, pode ser utilizado como complemento da terapia ou tratamento utilizado nos doentes.


    O toque terapêutico tem registros antigos: aparece no Papiro de Ebers, um dos tratados médicos mais antigos e importantes que é conhecido. Este tratado foi escrito no Antigo Egito e é datado de 1552 a.C. A confirmação deste achado aparece também no livro “O Espiritismo perante a Ciência”, de Gabriel Delanne no trecho: “os egípcios ... empregavam, no alívio dos sofri­mentos, os passes e a aposição de mãos, como os executa­mos ainda em nossos dias”. Esta prática aparece por toda a história da humanidade, como na Bíblia, na época dos romanos, na ascensão da medicina árabe com Aviccena, em épocas medievais etc.


    O médico Paracelso (1493-1541) coloca mais explicitamente a existência de uma força vital magnética e que essa substância sutil possuía notáveis qualidades curativas. Pode-se encontrar o principio de bases para o magnetismo que viria a ser descoberto alguns séculos depois.


    Robert Fludd, médico e místico, atuante no século seguinte à morte de Paracelso, acreditava que os seres humanos possuíam as propriedades magnéticas semelhantes às dos imãs. Esta utilização terapêutica na cura de pessoas começa a ser didaticamente estudada após as descobertas de Franz Mesmer, com o detalhamento do magnetismo animal, em 1779.


    No final da década de 60, Dora Kunz estudava a imposição de mãos praticada por Oskar Estebany, um coronel húngaro com a reputação de ter poderes de cura de bócio com seu toque terapêutico. Kunz convidou Krieger a conhecer o trabalho realizado por Estebany. Krieger observava cuidadosamente as sessões onde ele se aproximava do paciente e suavemente movia as mãos para o ponto em que sentia a necessidade de cura. Ao perceber que a prática aliviava e promovia a cura de grande variedade de doenças, Krieger passou a se dedicar a estudar a aplicabilidade deste fenômeno, introduzindo-o no cuidado com o paciente.


    Em meados da década de 70, Dolores Krieger, enfermeira e professora na escola de Enfermagem da universidade de Nova Iorque, e a terapeuta Dora Kunz introduziram a prática que denominaram “toque terapêutico”, com a finalidade de promover a melhora da saúde física e emocional.


    Os princípios científicos que sustentam esta terapia baseiam-se na concepção de que o ser humano possui um campo de energia que pode estender-se além da pele, é abundante, e flui em determinados padrões que se pretendem equilibrados.


    A metodologia deste trabalho é bem semelhante ao passe ministrado em centros espíritas: a pessoa que aplica o toque terapêutico entra em estado meditativo objetivando a cura do paciente. Com compaixão e motivação, o curador foca o desejo de ajudar e até mesmo curar o individuo. Esta vontade é parte importante do processo. Com este pensamento, o campo de energia individual é acessado e a troca de energia faz-se real. As mãos podem agir como um instrumento onde a sensibilidade e a intuição ficam mais vulneráveis a sensações que indicam onde a energia do paciente possa apresentar algum bloqueio. Após a determinação onde das áreas que possam estar em desequilíbrio, o curador começa a mover ou distribuir a energia pelo corpo, aliviando partes doloridas ou congestionadas e melhorando aquelas que estão sem tanta energia.


    COMPROVAÇÕES CIENTÍFICAS DO TOQUE TERAPÊUTICO


    Desde a década de 60, pesquisas acadêmicas mostram a eficácia da utilização do toque terapêutico, ou imposição de mãos. Inicialmente realizadas com animais, as pesquisas logo foram direcionadas a pessoas com diferentes tipos de patologias.


    Em 1975, Dolores Krieger demonstrou os efeitos do toque terapêutico através da medição de índices fisiológicos em seres humanos após estudos laboratoriais. Comprovou que após a imposição de mãos ocorrem significativas alterações fisiológicas em doentes hospitalizados em diferenciados casos clínicos. Este estudo foi publicado na Revista Americana de Enfermagem, em 1979, sob o título de “Therapeutic touch: searching for evidence of physiological change” (Toque Terapêutico: busca por evidências de mudanças fisiológicas).


    A maioria dos estudos foi realizada em ambiente hospitalar com grupos de controle. Procedeu a uma investigação com a colaboração de profissionais de saúde em que participaram vários doentes divididos em dois grupos, foram seguidos ao longo de três anos. Um grupo recebeu o tratamento convencional, o outro recebeu, além do tratamento instituído, a imposição de mãos.


    Conforme a própria Dolores Krieger escreveu, após detalhado estudo dos benefícios desta prática em pacientes oncológicos, os níveis da hemoglobina nos doentes com neoplasia submetidos ao toque terapêutico aumentaram significativamente, apesar de estarem a ser submetidos à quimioterapia.


    De acordo com o Instituto Nacional de Saúde de Washington (EUA), com base em cerca de trinta teses de doutoramento, foi atribuído ao Toque Terapêutico, em 1994, a comprovação da sua eficácia como terapia alternativa.


    A maioria dos estudos da evidência científica relaciona-se com a diminuição da intensidade da dor e do estresse e aumenta a resposta em tratamentos, incluindo a cicatrização de cortes e feridas. A diminuição da ansiedade e indução de relaxamento também aparecem com significância em diversos estudos.


    Em fevereiro de 2005, o “Australian Nursing Journal” traz um artigo acerca da aplicação do toque terapêutico em idosos com diversas patologias. Foram selecionados 121 doentes de acordo com os critérios de inclusão definidos pelas autoras (Sue Gregory e Julie Verdouw), tendo sido reagrupados conforme as diversas patologias.


    Relativamente ao total de doentes que referiam dor (53), após a aplicação da imposição de mãos, os mesmos referiram que a intensidade da dor diminuiu em aproximadamente 40%.


    O trabalho desenvolvido pela enfermeira Dolores Krieger tem crescido e angariou muitos adeptos em vários países. O toque terapêutico assumiu a condição de curso, e passou a ser ministrado para os alunos do Mestrado e Doutorado em Enfermagem, na Universidade de Nova Iorque e também pela ordem dos enfermeiros da província de Quebec, no Canadá e por muitos hospitais americanos, sendo incluído no currículo escolar como disciplina na oncologia, saúde materna e nos pacientes com transplante dos órgãos.


    Desde a introdução do toque terapêutico, Krieger já divulgou e realizou treinamentos para enfermeiras em várias universidades. Estima-se que mais de 70 mil enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares e terapeutas ocupacionais tenham participado de treinamentos conduzidos por Krieger e sua colega Kunz.


    Em 1981, Dolores Krieger publicou “Foundations for Holistic Health Nursing Practices” e o manual “As Mãos: Como usá-las para ajudar ou curar”, em 1992. Seu livro mais recente é “Toque Terapêutico: Novos Caminhos da Cura Transpessoal”, de 2002.


    Neste ano, a enfermeira Dolores Krieger participa do 2º Congresso Espírita dos Estados Unidos trazendo um pouco mais sobre as descobertas e pesquisas acerca do toque terapêutico e dos benefícios que esta técnica não-invasiva traz à melhora e até mesmo cura de diversos quadros patológicos.


    Por Giovana Campos

    Retirado do site da Associação Médico-Espírita do Brasil

    Cura e ação espiritual.




    – Podem os espíritos amigos atuar sobre a flora microbiana, nas moléstias incuráveis, atenuando os sofrimentos da criatura?


    Emmanuel - As entidades amigas podem diminuir a intensidade da dor nas doenças incuráveis, bem como afastá-la completamente, se esse benefício puder ser levado a efeito no quadro das provas individuais, sob os desígnios sábios e misericordiosos do plano superior.



    – Por que não será permitida às entidades espirituais a revelação dos processos de cura da hanseníase, do câncer etc?


    Emmanuel - Antes de qualquer consideração, devemos examinar a lei das provações e a necessidade de sua execução plena.


    Na própria natureza da Terra e na organização de fluidos inerentes ao planeta, residem todos esses recursos, até hoje inapreendidos pela ciência dos homens. Jesus curava os hansenianos com a simples imposição de suas mãos divinas.


    O plano espiritual não pode quebrar o ritmo das leis do esforço próprio, como a direção de uma escola não pode decifrar os problemas relativos à evolução de seus discípulos.


    Além de tudo, a doença incurável traz consigo profundos benefícios. Que seria das criaturas terrestres sem as moléstias dolorosas que lhes apodrecem a vaidade? Até onde poderiam ir o orgulho e o personalismo do espírito humano, sem a constante ameaça de uma carne frágil e atormentada?


    Observemos as dádivas de Deus no terreno das grandes descobertas, mobilizadas para a guerra de extermínio, e contemplemos com simpatia os hospitais isolados e escuros, onde, tantas vezes, a alma humana se recolhe para as necessárias meditações.


    Do livro 'O Consolador' - Pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.